POLÍTICA

Pansera troca Finep por Maricá 5r663

03 de junho de 2025 - 11:25
Celso Pansera. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Celso Pansera. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Celso Pansera acaba de deixar a presidência da Finep, a financiadora de projetos do Ministério de Ciência e Tecnologia, para, ao que tudo indica, assumir a Codemar, a companhia de desenvolvimento de Maricá, na região dos Lagos do Rio de Janeiro.

A saída da Finep foi oficializada neste final de semana. Elias Ramos, o diretor de inovação da Finep, assumiu a presidência da Finep de maneira interina. 

Ramos, um especialista em biofísica molecular, tem um perfil mais acadêmico e não deve seguir na presidência da Finep, que costuma ser uma indicação política.

A ida para a Codemar não está confirmada, mas é dada como certa por meios de comunicação que cobrem a cidade carioca de 200 mil habitantes, distante 60 km do Rio de Janeiro. 

Trocar a presidência da Finep, um cargo de segundo escalão no governo federal, pela companhia de desenvolvimento de Maricá pode parecer uma decisão estranha, mas é preciso olhar a coisa um pouco mais de perto.  

Turbinada pelos royalties do petróleo da Bacia de Campos, Maricá vem em alta, com investimentos pesados em programas sociais, infraestrutura urbana e desenvolvimento econômico.

Segundo o site Tempo Real, Pansera é próximo do prefeito Washington Quaquá (PT) e já vinha reclamando de “falta de espaço” na Finep, que fica sob o guarda-chuva do Ministério da Ciência e Tecnologia, hoje está nas mãos do PCdoB.

Ainda segundo o Tempo Real, Pansera planejava ser candidato a deputado federal em 2026, mas agora deve apoiar Diego Zeidan, filho de Quaquá.

Pansera conhece bem Maricá: ele foi o primeiro presidente do ICTIM (Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá), criado em 2020.

Pansera foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação de 2015 a 2016, durante a fase final do governo Dilma Rousseff (PT), em meio a grande crise política que levou ao impeachment de Dilma.

Depois do impeachment, Pansera tampouco foi excluído pelo PMDB do novo governo Michel Temer, sendo nomeado para assumir a presidência do conselho de istração da Softex, organização da sociedade civil de interesse público focada na promoção da indústria de software brasileira.

Nas eleições de 2018, foi candidato a deputado federal pelo PT, mas não conseguiu ser reeleito ao obter cerca de 15 mil votos. 

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