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Pedro Chiamulera, um dos fundadores da ClearSale. Foto: divulgação.
A ClearSale, líder no mercado brasileiro de detecção de fraude em compras no comércio eletrônico, levantou R$ 795,2 milhões com sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, bolsa de valores oficial do Brasil.
De acordo com o Estadão, a oferta teve coordenação do Itaú BBA, Bank of America (BofA), BTG Pactual e Santander. As ações foram precificadas a R$ 25 e chegaram a subir 21,40%, a R$ 30,35, na máxima do dia.
Segundo o site Brazil Journal, a Innova Capital tinha 28% da companhia antes do IPO e foi diluída para cerca de 17%.
A ClearSale foi fundada em 2001, quando Pedro Paulo Chiamulera, corredor de 110 e 400 metros com barreiras que representou o Brasil nas Olimpíadas de Barcelona e Atlanta, se aposentou do esporte aos 33 anos.
Chiamulera havia cursado ciência da computação e se aliou a Bernardo Lustosa, um estatístico com PhD em istração de empresas, para montar uma solução antifraude para um então jovem e-commerce chamado Submarino.
Hoje, a empresa tem como clientes nove entre as 10 maiores operações de e-commerce do país, com exceção do MercadoLivre.
A ClearSale usa seu imenso data lake, com Fs, celulares, localização e outros registros digitais, para aprovar transações conhecidas como “card not present”, em que o consumidor precisa digitar o cartão.
Mais recentemente, a empresa começou a diversificar sua receita atendendo um outro nicho de mercado: bancos digitais e outras fintechs, que usam sua tecnologia antifraude no processo de onboarding de clientes. Esse negócio já representa cerca de 25% do faturamento.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 13,8 milhões no primeiro trimestre de 2021 e, com os recursos captados na oferta, pretende investir no crescimento orgânico, em inovação aberta e em fusões e aquisições.