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Terminal já oferecia infraestrutura e tecnologia de base para a instalação do processo biométrico de embarque. Foto: divulgação.
O Ministério da Infraestrutura (MInfra) e o Serpro, empresa de TI do Governo Federal, começaram a testar o uso da identificação biométrica por meio de reconhecimento facial no embarque do Aeroporto Internacional de Florianópolis.
Em um primeiro momento, o projeto Embarque Seguro será realizado apenas com ageiros voluntários da Latam. Quando a solução estiver aprovada, a intenção é implantá-lo gradualmente nos principais aeroportos do país.
A conferência de identidade ocorrerá no momento do check-in eletrônico com a vinculação de uma foto ao bilhete aéreo, que permitirá o o facilitado do ageiro à sala de embarque. O embarque na aeronave ocorrerá, então, por meio do reconhecimento biométrico do viajante, sem a necessidade da apresentação de qualquer documento.
Desenvolvido pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do MInfra, o sistema é nacional e unificado, possibilitando checar e validar a identidade do ageiro a partir do cruzamento com diferentes bases de dados governamentais.
Para realizar os testes, o Serpro desenvolveu um aplicativo que permite o cadastramento da foto do ageiro, que fica vinculada ao seu F.
A verificação da identificação biométrica é feita por checagem junto ao banco de dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que possui cerca de 56 milhões de registros ativos.
Em breve, outros bancos governamentais serão utilizados para ampliar o universo de dados.
Segundo o MInfra, a ideia é que a responsabilidade pela checagem das informações dos ageiros na hora do embarque e a ser das autoridades públicas brasileiras e não mais o funcionário da companhia aérea.
“Queremos levar mais segurança e agilidade para o setor, alinhando o país com o que existe de mais atual nos padrões internacionais de transporte aéreo”, afirma Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da infraestrutura.
Com a solução, as autoridades de segurança poderão utilizar inteligência na avaliação de risco antecipada dos viajantes por meio do Sistema Brasileiro de Informações de ageiros (Sisbraip).
“A solução tem por premissa a segurança no tratamento e a proteção dos dados pessoais dos ageiros contra uso indevido ou não autorizado”, garante Gileno Gurjão Barreto, presidente do Serpro.
O aeroporto da capital catarinense foi escolhido para dar início ao projeto porque já oferecia infraestrutura e tecnologia de base para a instalação do processo biométrico de embarque.
“A implantação do conceito de aeroporto touchless é uma prioridade para nós. Estamos orgulhosos de sermos o aeroporto pioneiro no Brasil com essa tecnologia, que garante mais segurança e rapidez no embarque”, afirma Ricardo Gesse, CEO da Floripa Airport.
O aeroporto de Florianópolis é istrado desde 2018 pela Floripa Airport, do grupo suíço Zurich Airport, que recebeu a concessão por 30 anos.
Seu terminal foi reinaugurado em outubro de 2019, com um investimento de R$ 570 milhões que aumentou seu tamanho em quatro vezes.
Em agosto de 2020, a demanda foi de mais de 74 mil ageiros em 1,4 mil aeronaves. O número é bem menor do que o mesmo período do ano ado, antes da pandemia, quando mais de 285 mil ageiros embarcaram, desembarcaram ou fizeram conexões no terminal.