DICAS

10 coisas que levo da vela para o trabalho 1l5f2s

André Streppel, diretor executivo da WK Outsourcing, veleja desde os 8 anos de idade. 2v5c4r

07 de fevereiro de 2018 - 11:30
André Streppel, diretor executivo da WK Outsourcing e diretor do Seprorgs. Foto: Divulgação.

André Streppel, diretor executivo da WK Outsourcing e diretor do Seprorgs. Foto: Divulgação.

Por André Streppel*
Sou diretor executivo da WK Outsourcing, empresa reconhecida em seu segmento de atuação, e diretor de Desenvolvimento Humano do Seprogs, plataforma de negócios da economia digital gaúcha. Antes disso, sou velejador.

Comecei minha carreira profissional na vela aos 8 anos de idade e, alguns anos depois, estava entre os melhores do planeta, somando títulos nacionais e internacionais, além de ser o responsável por quebrar um ciclo de 10 anos de vitória do multicampeão Robert Scheidt em cima de atletas brasileiros.

Em todos estes anos velejando, aprendi muitas lições que me auxiliaram a evoluir no esporte e a conquistar objetivos cada vez mais audaciosos. Pois não me foi surpresa quando, ao migrar para o mundo executivo, percebi que todas elas também se aplicam ao ambiente empresarial.

No mercado, este ambiente em que a competição é voraz e crescente, algumas noções da vela são essenciais para gerir, liderar, conquistar, vencer. Resumi dez delas, que, creio, são as principais. Vamos a elas: 

 

1.    Dedicação é fundamental para se obter qualquer resultado. 

Sejam quais forem os propósitos da empresa,  pessoas determinadas a realizar os esforços necessários para alcançá-los com incansável atenção e cuidado são imprescindíveis.

 

 2.    Respeito ao adversário. 

Conheça seus competidores, faça benchmarking, observe e analise os players de seu segmento. Teça estratégias levando em conta, sim, as ações e posturas de seus concorrentes. Mas, sobretudo: jamais os desrespeite, jamais seja incorreto ou desleal. Da mesma forma que o mercado compete, ele também cohabita, e é importante que esta vivência seja saudável para que o consumidor não desenvolva qualquer tipo de repúdio a uma marca por conhecer suas práticas erradas. Além disso, desrespeitar ou menosprezar o adversário é arriscar incorrer em erros que poderão facilitar sua própria derrota.

 

3.     Nada vem de graça. 

Não nasci campeão: foi preciso muito treino, muito estudo, muita dedicação, muito suor para chegar às conquistas que cheguei. Da mesma forma, no âmbito empresarial também não ganhei cargos e vitórias – tudo foi alcançado com base em esforço, trabalho contínuo. O sucesso é fruto do trabalho, e requer muita estrada, entrega e abdicação. 

 

4.    Superação. 

Esta palavra ou a fazer pleno sentido para mim quando venci Robert Scheidt. Foi um marco na minha carreira e no próprio universo da vela, afinal, fazia 10 anos que nenhum brasileiro o havia vencido. E foi então que me dei conta do quão longínquos eram e são os meus limites. Posso ir muito longe, posso superar os maiores desafios, seja na vela ou no mercado empresarial, desde que tenha o conjunto básico de ferramentas: força de vontade, fé no meu talento, dedicação, ambição e empenho.

 

5.    Assumir a responsabilidade pelas escolhas erradas. 

Transferir a culpa não ameniza, nem muito menos resolve, o problema. Se uma decisão foi errônea, assuma as consequências e tenha maturidade e humildade suficientes para recobrar o rumo certo, contando com toda a ajuda que precisar.

 

6.    Tomar decisões. 

Dirigir uma empresa é como guiar um barco a vela. No barco, o vento traz a energia, mas sem uma direção competente, a vitória não será atingida. Na empresa, a energia vem das pessoas, do mercado, das oportunidades, mas sem uma gestão bem embasada, integrada aos propósitos da organização e assertiva em suas decisões, os objetivos ficarão pelo caminho e muitos recursos poderão ser despendidos sem real utilidade.

 

7.    Aceitar as mudanças de contexto e adaptar-se a novas realidades. 

No mar e no mercado, instabilidade, mudanças repentinas ou projetadas, são constantes e inevitáveis. Adaptabilidade, capacidade de acompanhar cenários e projetar estratégias aptas a guiar a empresa diante de novos rumos, são essenciais à competitividade. 

 

8.    Aprender a ser liderado é tão difícil quanto ser líder. 

Não é fácil receber ordens e coordenadas. Não é fácil deixar o papel de guia de tudo para ser guiado. Mas é uma questão de maturidade ceder a liderança e aceitar seguir recomendações, conselhos, quando isto mostrar-se a estratégia mais adequada. No esporte, treinadores são sempre figuras vitais para o bom desempenho do atleta. No âmbito empresarial, gestores também o são. 

 

9.    Persistir, como quando escrevi o livro Uma Vida de Futuro (ed. Imprensa Livre 2004) e decidi seguir no esporte obtendo os melhores resultados após a decisão. 

Muitos são os momentos de desânimo, solidão e dúvidas se estamos no caminho correto. A persistência ajuda a resolver estas questões dando tempo ao tempo. 

 

10.  Recompensa não vem só de títulos ou dinheiro. 

Na vela, aprendi que nem só de troféus e medalhas se faz a contemplação de um atleta. Um elogio, uma lembrança, uma menção, muitas vezes, representam uma grande conquista. No segmento corporativo, isto equivale a tudo o que simbolize o respeito e o reconhecimento à sua marca e ao seu trabalho – ao que o mercado atual chama de EXPERIENCE.

Um ótimo 2018 a todos. 

* André Streppel é diretor de desenvolvimento humano do Seprorgs.

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