
Carlos Gazaffi.
Carlos Gazaffi, CCO e VP de TI da Tivit, acaba de ser promovido para o cargo de presidente executivo da empresa.
A informação é de fontes de mercado e foi confirmada ao Baguete pela Tivit por meio da sua assessoria de imprensa.
Segundo nota da empresa, Luiz Mattar segue como CEO da Tivit, com “foco na estratégia de crescimento e no relacionamento com os principais stakeholders externos da Tivit”.
Gazaffi terá maior “foco à gestão do negócio e ao relacionamento com áreas de e e operações”.
A nota não dá detalhes, mas parece um arranjo focado numa transição gradual de poder, com uma eventual ida de Mattar para o conselho de istração.
Os dois tem bastante tempo de casa. Mattar foi cofundador da Tivit, em 1998. Gazaffi entrou ainda em 2003, como gerente de entrega de serviços para o Losango, um cliente da Tivit.
Desde então Gazaffi vem galgando posições, ando pela diretoria de vendas e a vice presidência da área de infraestrutura de TI e aplicações até assumir o cargo de COO em 2017.
A Tivit vem ando por mudanças nos últimos anos, dos quais a mais radical foi a decisão de separar suas operações de TI e terceirização de processos de negócios (BPO, na sigla em inglês), criando uma nova companhia especializada em BPO, a Neobpo.
Segundo fontes ouvidas pelo Baguete, a estratégia visava separar o negócio de BPO, que tem baixas margens, tornando a área de TI um negócio mais rentável e atrativo para investidores.
De fato, em março de 2017, o Valor Econômico divulgou que a Tivit estaria preparando uma volta à Bolsa de Valores, o que não chegou a acontecer.
A Tivit já abriu capital na Bolsa em 2009, quando vendeu 43% das suas ações. Um ano depois, o fundo britânico Apax comprou o controle do negócio e tirou os papéis da Bovespa.
Foi o primeiro investimento da Apax no país, com um custo de R$ 1,6 bilhão. O fundo tem 53% da empresa.
De acordo com o Valor, a Tivit tem um faturamento estimado em R$ 1,8 bilhão. Mesmo descontando a fatia do que veio a se tornar a Neobpo (cerca de R$ 700 milhões) a empresa é menor do que os R$ 2,5 bilhões projetados em 2014 para o ano de 2015.
Sob a nova liderança, a Tivit deve enfatizar seu posicionamento como um player em soluções serviços de TI e, cada vez mais, computação em nuvem.
A empresa fez movimentos nesse sentido, mas a verdade é que eles parecem não ter surtido muito efeito.
A Tivit anunciou em 2016. um investimento de R$ 46 milhões para ampliar sua oferta de computação em nuvem (é relativamente pouco dinheiro nesse universo).
Além de investir na construção de nuvens locais, o aporte previa a ampliação da oferta com a adoção de um modelo multicloud.
Esse posicionamento foi reforçado meses depois com a compra da mineira One Cloud, uma startup mineira especializada no chamado serviço de “cloud broker”.
Com a tecnologia da One Cloud, a Tivit pode oferecer a seus clientes uma forma de comparar, comprar e pagar serviços de provedores como AWS, Microsoft Azure, Softlayer e Digital Ocean.
UOL Diveo e Algar, dois grandes concorrentes da Tivit, anunciaram movimentos nessa mesma direção.