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Microsoft desiste de cobrar parceiros r6638

Tentativa de mudança na política de canais deu pau e foi preciso reinicializar a máquina. 2m2m5q

12 de julho de 2019 - 15:31
Tentativa de rodar um novo programa de canais acabou mal. Foto: flickr.com/photos/29233640@N07

Tentativa de rodar um novo programa de canais acabou mal. Foto: flickr.com/photos/29233640@N07

A Microsoft desistiu de cobrar o valor cheio das licenças de uma série de soluções oferecidas a preços camaradas para os seus canais.

A mudança brusca de planos foi anunciada por Gavriella Schuster, chefe de canais da Microsoft, em um post no blog da empresa. Ainda ontem, a executiva estava defendendo a medida. 

“A parceria e confiança de vocês importam para nós”, escreveu Schuster. “Pelo recebido, tomamos a decisão de desfazer todas as mudanças previstas em termos de direitos de uso”, agregou a executiva.

No começo da semana, a Microsoft decidiu cancelar o programa Action Pack, que incluía cinco licenças de Office 365, cinco de Dynamics 365, 10 pacotes Windows 10 Enterprise e US$ 100 de crédito mensal na Azure, entre outros, pelo preço muito camarada de US$ 475 ao ano (a reportagem não localizou o preço brasileiro, mas essas coisas seguem uma média global).

Na prática, era possível rodar um pequeno canal em software subsidiado pela Microsoft só se inscrevendo no programa, que autorizava uso das soluções para “fins internos de negócios”. 

A decisão da empresa era que os canais só teriam o subsidiado a tecnologia em  “cenários de desenvolvimento de negócios”, como “propósitos de demonstração, desenvolvimento de soluções/serviços e treinamento interno”.

Em entrevistas, a própria Schuster disse que com ao redor de 7 mil novos canais novos entrando todo mês, a empresa não pode mais bancar software subsidiado para todo mundo e disse que os subsídios eram um legado de outra era e não condiziam com o modelo de negócio na nuvem. 

Com a perspectiva de terem que pagar a conta completa pelo uso da tecnologia da Microsoft, o que aumentaria seus custos várias vezes, os parceiros ficaram revoltados. 

Uma petição online com mais de 5 mil s acusa a multinacional de estar “entrando em guerra com seus parceiros”.

Analistas do mercado de canais também acharam a medida desastrada.

“A Microsoft deve recuar de algumas dessas medidas ou vai prejudicar seu canal para pequenos e médios negócios”, comentou a empresa de análise de canais Canalys no Twitter.

A Microsoft tem 300 mil parceiros, responsáveis por 95% da sua receita.

De acordo com informações da ZDNet, o custo do programa fica na casa dos US$ 200 milhões anuais, o que, vamos combinar, é pouca coisa para uma empresa com receitas na casa dos US$ 120 bilhões por ano.

Provavelmente, alguém na Microsoft fez uma conta e concluiu que a empresa estava investindo muito dinheiro para ter pouco retorno, ou talvez que já existem canais demais no mercado e que é hora de diminuir o número.

Agora, a empresa deve estar pensando em outra forma de fazer isso, sem criar uma rebelião na sua base de canais uma semana antes do Inspire, o seu evento anual em Las Vegas.

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