
Janelas em Brasília. Foto: Depositphotos.
A Claro foi a vencedora da maior licitação de nuvem já feita até agora no governo federal, com uma oferta final de R$ 166,8 milhões.
O edital foi organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Há recursos e o resultado definitivo é esperado para o final do mês.
O edital visa a escolha de um intermediário para compra de nuvem pública, o que o mercado chama no jargão de “cloud broker”, ao longo de 30 meses, prorrogáveis até o limite de 60.
Participaram também da disputa a Extreme Digital Solutions, pela IPNet e pela Telefônica Brasil. A disputa foi grande, com 72 lances, e a queda nos valores também.
Na primeira rodada, a Claro e a EDS apresentaram proposta igual, equivalente ao preço máximo sugerido pelos órgãos: R$ 286,66 milhões. A IPNet ficou logo acima, com R$ 291,65 milhões.
A Telefônica Brasil pelo visto errou a mão, com um lance muito mais alto que os demais, de R$ 859,98 milhões.
A gigante espanhola chegou a reduzir a pedida em quase 70%, chegando a um valor de R$ 253 milhões.
Mas a disputa mesmo ficou entre a Claro e a EDS e a Claro ganhou por muito pouco, reduzindo a sua pedida inicial em 41,8%, enquanto a EDS ficou em 40,8%.
A EDS entrou com recurso, afirmando que a Claro apresentou atestados técnicos inadequados pelas regras do leilão.
“Nenhum dos atestados da Claro comprova a execução de serviços, através de demonstração de consumo do contrato por, pelo menos, 12 (doze) meses, correspondentes ao mínimo de 10% (dez por cento) do valor anual estimado para a presente contratação”, disse a EDS.
A empresa também questiona a regularidade fiscal e trabalhista da operadora e, com isso, pede sua inabilitação.