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Home office é igual a mais trabalho? 3u6g63

Na Microsoft, funcionários estão conectados por mais horas, inclusive nos finais de semana. 6x31b

29 de julho de 2020 - 11:10
Será que os humanos estão sabendo usar bem esse tempo? Foto: Pexels.

Será que os humanos estão sabendo usar bem esse tempo? Foto: Pexels.

A Microsoft descobriu que seus funcionários estão prolongando os dias de trabalho, em média, em quatro horas por semana após a mudança para o home office. Além disso, eles estão mais conectados no horário de almoço e nos finais de semana.

As informações são parte de uma pesquisa realizada pela empresa com 350 pessoas da equipe de modern workplace transformation, localizadas principalmente nos Estados Unidos. Ela foi divulgada na Harvard Business Review, publicação especializada na reflexão sobre as melhores práticas na gestão de negócios.

Segundo a Microsoft, as descobertas não significam necessariamente que as pessoas estão trabalhando mais. 

Apesar de fazerem no trabalho mais cedo e desconectarem mais tarde, os colaboradores afirmaram que estão realizando mais intervalos para atividades pessoais, como cuidar das crianças, fazer exercícios ou ear com o cachorro.

A pesquisa também revelou que aqueles que obtiveram mais tempo individual com o seu gerente tiveram um menor aumento nas horas de trabalho.

Os funcionários que receberam 30 minutos semanais com os gerentes trabalharam em torno de 1,5 horas a mais por semana, em média. Para quem teve apenas 15 minutos com o chefe, a média de aumento de horas semanais subiu para três.

Por outro lado, os gerentes de nível sênior, por exemplo, estão colaborando oito horas a mais por semana. Além disso, eles enviaram 115% mais mensagens instantâneas em março, enquanto os outros colaboradores aumentaram o envio em 50%.

A mudança que ocorreu organicamente nas reuniões também chamou atenção: elas estão acontecendo em maior quantidade e durando menos.

No geral, o tempo semanal de reuniões aumentou 10% e as reuniões individuais agendadas aumentaram 18%. Já a quantidade de reuniões de 30 minutos ou menos cresceu 22%, enquanto aquelas de mais de uma hora diminuíram 11%.

Além disso, a maioria da equipe mudou as reuniões da janela das 8h às 11h para o período das 15h às 18h. Mesmo com as pessoas não estando na mesma sala, a multitarefa durante as reuniões não apresentou aumento.

Já durante o período de almoço, havia uma redução de 25% nas mensagens instantâneas anteriormente. Com o trabalho em casa, a redução caiu para apenas 10%. Já a parcela de mensagens instantâneas enviadas entre 18h e meia noite aumentou 52%.

A conexão no final de semana também aumentou para a parcela de 10% que tinha a menor presença neste período. Antes, eles se conectavam por menos de 10 minutos e, em um mês, viram esse tempo triplicar.

Outra tendência que surgiu na Microsoft foi a das reuniões sociais virtuais. Ao invés de almoçarem juntos ou irem até a mesa dos colegas, os funcionários estão fazendo almoços virtuais e happy hours temáticos, como “dia do pijama” e "conheça meu animal de estimação". No geral, o tipo de reunião aumentou 10% em um mês.

A pesquisa também mediu o networking de mais de 90 mil funcionários da companhia nos Estados Unidos. A maioria deles não apenas manteve suas conexões existentes, mas aumentou a sua rede de contatos, expandindo para grupos de trabalho além dos usuais. 

O estudo surgiu há quatro meses, quando Natalie Singer-Velush, Kevin Sherman e Erik Anderson — a primeira gerente de marketing e os outros dois diretores de Workplace Analytics — perceberam a mudança imediata e não planejada pela qual a empresa estava ando.

Eles decidiram estudar como os padrões de trabalho no grupo estavam mudando, usando o Workplace Analytics, que mede o trabalho diário no Microsoft 365, e pesquisas anônimas sobre pensamentos e sentimentos.

Semanalmente, a pesquisa analisou áreas como equilíbrio entre vida pessoal e profissional e colaboração através dos metadados de e-mail, calendário e mensagens instantâneas. As informações agregadas e sem identificação foram comparadas com dados de um período anterior não especificado pela empresa.

“Não há como prever o impacto que uma interrupção ou crise inesperada terá na maneira como as pessoas trabalham. Esse é o valor de medi-lo em tempo real: você pode realmente ver como os funcionários — e, como uma extensão, a cultura de uma empresa — reagem e se adaptam”, explica a publicação.

O estudo ainda está investigando o impacto a curto e longo prazo de algumas das mudanças, como o reaproveitamento do tempo de deslocamento para as reuniões, nos funcionários, equipes e organização.

“O trabalho hoje é permanentemente diferente do que era antes do Covid-19? Ainda não sabemos, mas os dados podem nos fornecer informações contínuas em tempo real que podemos usar para influenciar o que acontece a seguir. Acreditamos que o que aprendermos sobre essas mudanças será essencial para a resiliência organizacional nos próximos meses e anos”, afirma o estudo.

Na China, onde boa parte da força de trabalho já voltou para o escritório, a empresa está percebendo que alguns dos hábitos que surgiram durante o home office continuaram mesmo depois o retorno.

Entre eles, estão a maior dependência de mensagens instantâneas e semanas mais longas.

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