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Israelenses de olho no Brasil 2t12p

Empresa de segurança fundada por ex-Mossad oferece treinamentos em português. 1h613t

29 de setembro de 2021 - 13:05
"Vejo oportunidades de mercado no Brasil". Foto: Divulgação-IDF.

"Vejo oportunidades de mercado no Brasil". Foto: Divulgação-IDF.

Enquanto uns choram, outros vendem lenços. A velha lei acaba de ter uma nova comprovação com a decisão da CySource, uma startup israelense de segurança da informação, de criar uma plataforma de cursos em português, voltada para o público brasileiro.

É a primeira vez que a CySource oferece treinamentos em idioma local, abertos para o público em geral. Até então, os cursos eram em hebraico, para o mercado local, ou em inglês, oferecidos somente para clientes das soluções de segurança da empresa nos Estados Unidos, Europa e Japão.

Os cursos incluem temas como hacking ético, perícia forense Digital e pentest profissional, o mais procurado, que capacita os profissionais a testar a vulnerabilidade dos sistemas das corporações e desenvolver uma barreira de defesa contra ciberataques.

A empresa também deve trazer para o país a sua área de pesquisas.

O motivo é claro. O país atravessa uma crise em relação à segurança da informação, com grandes ataques de ransomware e outros crimes cibernéticos afetando algumas das maiores empresas do país em um ritmo quase semanal (para ficar só no que chega ao público).

Na sua nota, a CySource fala um aumento de 220% nos ataques cibernéticos a empresas brasileiras só no primeiro semestre, citando alguns casos famosos como a Lojas Renner, JBS, Secretaria do Tesouro Nacional e o Grupo Fleury.

“Como a tendência é sempre os invasores buscarem novas maneiras de burlar os sistemas de defesa cibernéticos, apostamos na tecnologia, que tem como base a experiência do exército israelense, associado a pesquisa de segurança cibernética global como forma de frear a guerra cibernética”, afirma o CEO e fundador da CySource, Amir Bar-El.

Bar-El não cita o exército israelense à toa. O investimento pesado de Israel em defesa é um dos motivos pelos quais o país se tornou uma potência no assunto cibersegurança.

Só no primeiro semestre, empresas do setor levantaram US$ 3,4 bilhões de investidores em 50 negócios diferentes, sete dos quais tornaram as investidas unicórnios, como são conhecidas startups com um valor de mercado acima de US$ 1 bilhão.

O valor é 41% do investimento mundial no segmento e é superior aos US$ 2,9 bilhões investidos em 2020. O número de unicórnios do setor de segurança em Israel dobrou e já é um terço dos existentes no mundo. Um deles é SentinelOne, que levantou US$ 1,2 bilhão, o maior IPO já feito por uma empresa do setor.

Com pouco mais de uma dezena de funcionários no Linkedin, a CySource ainda é uma empresa pequena, mas tem um background parecido com outros cases de sucesso do país.

Bar-El, o CEO, atuou nas unidades de inteligência do Mossad, o famoso serviço secreto de Israel, um dos pilares do setor de defesa, junto com as forças armadas, fazendo depois carreira na iniciativa privada.

O resto da equipe conta com mais veteranos da inteligência militar de Israel, responsáveis por detectar falhas na defesa de empresas globais como o Facebook, WhatsApp e Amazon.

Hoje, os clientes da empresa incluem o Banco Hapoalim, considerada a instituição financeira mais segura do mundo, e o gabinete do Primeiro Ministro de Israel, Naftali Bennett (eleito recentemente, Bennett tem ele mesmo um histórico bem sucedido como empresário na área de tecnologia).

A CySource tem também um lado brasileiro. Um dos professores dos cursos será Luli Rosemberg, que já reside há 13 anos em Israel.

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