
No Brasil, 9% dos adolescentes já fizeram sexo virtual pela Internet.
O número está em pesquisa realizada pelo Portal Educacional com 10,5 mil alunos, de 13 a 17 anos, de 75 escolas da rede particular de ensino de todo o país.
Segundo a mesma pesquisa, 25% dos participantes já ficaram com pessoas conhecidas na internet. E 4% dos jovens disseram que já fizeram sexo na vida real parceiros conhecidos na rede.
Os participantes da pesquisa responderam anonimamente a um questionário online sobre seus hábitos online.
“Os dados sobre o uso da Internet pelo jovem revelam uma série de comportamentos que merecem ser melhor entendidos e discutidos”, comenta Jairo Bouer, médico psiquiatra e coordenador da pesquisa.
Segundo o especialista, não é o caso de impor limites e regras e controlar a vida dos jovens na Internet, mas sim mostrar os riscos que existem. “É importante que eles próprios aprendam a criar seus filtros e a lidar com essas situações de uma forma mais segura e responsável”, diz Bouer.
Do universo pesquisado, 99% têm computador em casa, metade no próprio quarto, e 55% usam computador todos os dias, sendo que 40% usam Internet de duas a quatro horas por dia durante a semana. Outros 15% ficam conectados por mais de 8 horas.
Questionados sobre sua reação à aproximação de desconhecidos na rede, 97% dizem não confiar num primeiro momento e 44% item a possibilidade de marcar encontros reais.
Exposição na internet
Grande parte, 71%, dos jovens participantes disse que costuma colocar fotos na rede, sendo 7% dessas imagens consideradas “mais ousadas”. Na hora de tomar cuidados quanto a quem a os conteúdos, 35% declararam que não usam filtros para impedir que qualquer um e as suas informações e quase 7% costumam abrir a webcam para pessoas que não conhecem.
Muitos jovens declararam já ter enfrentado problemas por causa dos conteúdos publicados na Internet: 17% no namoro, 11% na escola e 19% com os amigos.
Além disso, 10% já enfrentaram problemas em função de imagens ou posts publicados por outras pessoas na rede.
Mais de 20% dos participantes avaliam que seu uso de Internet está acima do normal ou se consideram dependentes, e 17% enfrentam conflitos com os pais por conta do excesso de uso.