
A indústria eletrônica brasileira espera mais espaço para discussão com a nova direção do Banco Central (BC).
Após saber dos novos indicados da equipe econômica de Dilma Rousseff, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, declarou que conta com uma postura alinhada com os problemas econômicos enfrentados pela indústria eletroeletrônica na nova gestão, que terá o gaúcho Alexandre Tomtini na presidência do BC.
"O que vimos nos últimos anos foi uma situação conflituosa entre os conceitos do BC e algumas medidas do governo que visavam o estímulo à produção", disse Barbato.
Segundo Barbato, este descomo se concretiza na tentativa de implantar uma política industrial, que se "torna inócua diante da asfixiante política econômica".
O executivo lembrou, que, neste ano, por causa da invasão de produtos e componentes do exterior, a balança comercial do setor eletroeletrônico deve registrar um déficit recorde de US$ 27 bilhões, resultado de importações da ordem de US$ 35 bilhões e exportações de US$ 8 bilhões.
"Em 2005, nossas exportações representavam 20,4% do faturamento do setor e neste ano ficará em 10,5%. Por outro lado, a participação das importações subiu de 15,9%, em 2005, para 20,7%", finalizou Barbato.
Para o dirigente, a mudança de comando no BC abre uma oportunidade para que medidas compensatórias, como as que a Abinee já apresentou ao governo, sejam adotadas como forma de minimizar a perda de competitividade da indústria brasileira, relata o site TI Inside.