A norte-americana AlertBoot projeta vender 80 mil licenças de sua solução de criptografia no Brasil, onde abriu operação recentemente, até o final de 2011. Com isso, nos 18 primeiros meses a subsidiária se tornaria responsável por uma participação de 10% nos negócios globais da companhia.
A empresa investiu R$ 1 milhão na abertura do escritório local, comandado por Rodrigo Moura Fernandes, executivo que vem do Grupo Opportunity e acumula 15 anos de experiência nos mercados financeiro e de TI.
Segundo o executivo, no país o foco da AlertBoot é sua solução comercializada no modelo de serviço, tanto para empresas quanto para usuários finais, para proteção de dados via encriptação do disco rígido de computadores e dispositivos USB. O software sai por R$ 25 mensais ou R$ 270 em um contrato anual.
A empresa aposta em um mercado que, segundo o IDC, movimentou mais de US$ 200 milhões no Brasil em 2009 .
“Um dos principais apelos da nossa solução, além do modelo de venda e facilidade de instalação e gerenciamento, é o baixo custo total de propriedade, já que para o usuário final, empresa ou pessoa física, a proteção sai por menos de R$ 1 ao dia, contra um prejuízo estimado de US$ 50 mil a cada computador perdido, segundo pesquisa do Instituto Ponemon”, revela Moura Fernandes.
De acordo com o estudo, 80% desse prejuízo se refere a dados contidos nas máquinas dos usuários.
“Para se ter ideia do quanto essa realidade é comum, o Gartner estima que um laptop seja roubado a cada 53 segundos no mundo e apenas 30% deles são recuperados”, complementa o country manager.
A ferramenta da AlertBoot “embaralha” as informações contidas no disco rígido de computadores e dispositivos USB, permitindo a gestão das informações via web sem armazenar os dados na nuvem.
A solução utiliza a plataforma Sophos SafeGuard e tem e em português. A instalação pode ser feita pelo próprio usuário, não sendo necessário o uso de um servidor dedicado.
A novidade também auxilia na adequação das empresas à políticas de segurança e compliance, segundo Moura Fernandes.
“Além das boas práticas de governança corporativa com a lei Sarbanes-Oxley (SOX) e da norma ISO27001:2005, que define padrões para gestão de segurança da informação, existem códigos de regulação para setores específicos da economia, determinando que as empresas atendam a requisitos mínimos de segurança afim de protegerem a privacidade das informações de clientes, como é o caso da HIPAA, que regula o setor de saúde; PCI, referente à indústria de cartões de pagamento, entre outras”, destaca o executivo.
Outra funcionalidade da ferramenta é a geração de diferentes tipos de relatórios em conformidade com cada um desses padrões internacionais de certificação, cujo conteúdo está embarcado no sistema.
Também é possível extrair relatórios customizados, para atender, por exemplo, a processos de auditoria.
“A solução é flexível a ponto de permitir que um usuário seja cadastrado apenas para que possa gerar um tipo de relatório específico, sem ter de instalar o software. Isso atende principalmente a auditorias internas e externas”, conclui o country manager.
Canais à vista
Inicialmente, a AlertBoot atuará no país com uma equipe interna de vendas diretas. Em breve, porém, a meta é estabelecer uma rede de canais, com foco no atendimento ao mercado de bancos, seguradoras, operadoras de planos de saúde, escritórios de advocacia e companhias de capital aberto ou que planejam ir à bolsa.
A AlertBoot tem sede em Las Vegas e, além da subsidiária brasileira, também conta com operação na Índia.