
Riemann Cesar, CIO da Algar Tech.
A Algar Tech, empresa de center e gestão de tecnologia da Algar, deve concluir neste ano um programa de investimentos de R$ 20 milhões visando compliance com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A iniciativa, que começou em 2018, teve consultoria da KPMG e envolveu a adoção de uma série de tecnologias da IBM, focadas em segurança e gestão de dados, indo desde do firewall Guardium para o banco de dados, até o software de gestão de dados Infosphere, ando ainda por soluções de gestão de dados não estruturados, gestão de incidentes e senhas.
Dos R$ 10 milhões investidos até agora, 80% foram destinados para infraestrutura, licenças e soluções, e 20% para contratação de equipe especializada e realização de treinamentos.
Só para 2021, está previsto o investimento de R$ 10 milhões para adequações tecnológicas.
As ações incluíram mudanças na contratação junto ao RH, avaliações de fornecedores para checar a aderência à nova legislação, alterações em processo e políticas e adequações de arquitetura e tecnologia.
“Pela natureza da nossa atuação, a proximidade com nossos clientes também foi fundamental, uma vez que foram feitas revisões contratuais, novas delimitações de papéis e responsabilidades, e definições de outras formas de fluxos de atendimento para garantir o máximo rigor no cumprimento dos direitos dos titulares dos dados”, explica Riemann Cesar, CIO da Algar Tech.
A Algar Tech tem 70 escritórios no Brasil, com um time de 12 mil profissionais.
Em nota, a Algar Tech frisa que já estava “100% aderente à lei desde que ela entrou em vigor”, mas “segue investindo na busca pelas melhores práticas”. Prevenir é melhor que remediar, já diz o conselho.
A LGPD entrou em vigor em setembro do ano ado, mas, num reconhecimento de que o mercado estava muito atrasado na adequação, uma lei atrasou a entrada em vigor das multas para agosto de 2021.
Vale lembrar que a LGPD prevê multas de até 2% do faturamento bruto anual, podendo chegar a um máximo de R$ 50 milhões.