Altus: contrato de R$ 115 mi com Petrobras 74w67

A Altus, de São Leopoldo, acaba de abocanhar um contrato de R$ 115 milhões da Petrobrás. 5r4l46

O maior negócio da história da companhia gaúcha  foi assinado na última terça-feira, 28, e dá à Altus a tarefa de automatizar as oito plataformas da Petrobrás a se originarem dos oito cascos já em produção na cidade de Rio Grande.

29 de junho de 2011 - 13:43
Luiz Gerbase

Luiz Gerbase

A Altus, de São Leopoldo, acaba de abocanhar um contrato de R$ 115 milhões da Petrobrás.

O maior negócio da história da companhia gaúcha  foi assinado na última terça-feira, 28, e dá à Altus a tarefa de automatizar as oito plataformas da Petrobrás a se originarem dos oito cascos já em produção na cidade de Rio Grande.

É a primeira vez que uma negociação do gênero envolve oito plataformas de uma só vez, o que, segundo o presidente da Altus, Luiz Gerbase, pode se configurar como o maior contrato de automação do mundo.

Na licitação, pesou a favor da empresa gaúcha seu percentual de inteligência e tecnologia nacional: o edital exigia 10% na primeira e 80% na última plataforma, ao que a Altus respondeu com 90% desde o princípio.

Gerbase garante: “Temos gente capaz de fazer produtos com essa sofisticação, como só se faz na Alemanha e EUA”. Segundo ele, para chegar a 100% só faltam chips.

O contrato vai render à empresa leopoldense trabalho até 2017, para quando está previsto o lançamento da última plataforma.

Para atender à demanda da estatal, a companhia sediada no Tecnosinos vai contratar 80 novos colaboradores, ampliando sua equipe - hoje formada por 270 pessoas – tanto na sede quanto na filial de Macaé.

O que vai?
O novo contrato envolve o fornecimento de controladores programáveis, equipamentos auxiliares e programas, além de serviços de implantação das soluções e treinamento dos operadores.

De acordo com o presidente da Altus, os sistemas de automação serão montados com cerca de oito pares de controladores em cada plataforma, que vão gerir em torno de dois mil pontos, no mínimo, em cada instalação.

Futuro submarino
Ainda de acordo com Gerbase, a Altus também já foi convocada para desenvolver soluções para equipamentos submarinos para a Petrobrás.

Entretanto, nesta área o avanço será “cauteloso”, define o executivo.

A companhia leopoldense é integrante da Parit - Participações em Inovação e Tecnologia, que tem 76% de capital gaúcho e 24% do BNDES, agregando também a Teikon e metade da HT Micron, além de manter parceria com a coreana Hana Micron para encapsulamento de chips.

A empresa, segundo Gerbase, conta com mais capacidade tecnológica do que muitos concorrentes mundiais.

Na China, por exemplo, o maior fornecedor que poderia atender a um contrato como este da Petrobrás produz apenas a parte de controladores.

Contratos em série
No entanto, a entrada da Altus no atendimento às demandas do pré-sal – pelo menos no setor de novas plataformas - ocorreu mais recentemente: no dia 02 de junho ado, quando a companhia assinou um contrato de US$ 8,25 milhões para automação da P-58 e P-62.

As plataformas, atualmente sendo montadas em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e em Suape, em Pernambuco, terão capacidade para 360 mil barris de petróleo por dia quando entrarem em operação, em 2013 e 2014, respectivamente.

Na licitação da Petrobras, a empresa do Tecnosinos venceu quatro multinacionais para fornecimento de uma solução de automação para cerca de nove mil pontos de controle por plataforma.

O sistema vai automatizar funções vitais, como, por exemplo, o estancamento da produção em caso de emergência e o controle dos navios.

O desenvolvimento da solução já iniciou e os primeiros testes estão agendados para o começo do ano que vem.

Muito mais pela frente
Hoje, a Petrobras conta com 15 plataformas em operação. Até 2020, porém, serão necessárias mais 40, segundo o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli.

Tudo para atender à meta da empresa, que pretende mais que dobrar a produção até o final da década, pulando dos atuais 2,5 milhões de barris diários para 5,3 milhões.

O recordista anterior
Em 2007, quando anunciou o fechamento do então maior contrato de sua história, também com a Petrobrás, a Altus havia assumido a automação do gasoduto Urucu-Manaus por um valor total de R$ 32,8 milhões.

Na época, o valor do contrato era apenas R$ 2,2 milhões a menos do que o total de faturamento projetado pela empresa para todo aquele ano: R$ 35 milhões.

O projeto envolvia 15 meses de trabalho, com automação de processos focados no monitoramento, controle e segurança de todos os 662 quilômetros da plataforma, além de soluções para operação remota do gasoduto a partir do Centro Nacional de Controle Operacional (CNCO) da Transpetro, no Rio de Janeiro, via satélite.

Instrumentação, automação da parte elétrica e de telecomunicações também fizeram parte do trabalho dos gaúchos.

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