
Ser a única concessionária nas ligações internacionais no Brasil parecia uma boa ideia para a Embratel, até a chegada do Skype.
Com chamadas custando 50 vezes menos que as telefônicas, o serviço de VoIP é visto como uma ameaça à empresa pela própria Anatel.
A agência, informa o jornal Folha de S. Paulo nessa quinta-feira, 17, vai tentar “proteger” a companhia do bilionário mexicano Carlos Slim.
Segundo o jornal, a Embratel é obrigada a praticar as tarifas definidas pela Anatel. Justamente por ser a única concessionária de chamadas para fora do país, ela não pode oferecer descontos aos clientes que fazem chamadas internacionais, por exemplo.
Já as concorrentes (autorizatárias) têm liberdade de preço.
Conforme a reportagem, as receitas de telefonemas internacionais da Embratel caíram 50%, ando de R$ 857 milhões em 2003 para R$ 425 milhões em 2009. No ano ado, a concessionária deixou de divulgar sua receita de chamadas internacionais.
Especialistas consultados pelo jornal estimam que o crescimento de empresas como o Skype tenha tomado 15% do mercado das operadoras, principalmente da Embratel. Projeções da Cisco indicam que o tráfego de VoIP crescerá 150% até 2014.
Para equilibrar o mercado, conta Folha, a Anatel estaria submetendo um texto que pretende dar mais flexibilidade à concessionária, permitindo à companhia definir sua política de preços, que será, então, avaliada pela agência.
A expectativa da agência é que, com preços livres, o consumidor possa ganhar com descontos e retome o interesse pela telefonia convencional nas chamadas internacionais.
Segundo a consultoria Teleco, com informações próprias e da Anatel, a Embratel foi a terceira em market share de serviços no terceiro trimestre do ano ado - último dado disponível.
A empresa tinha 15,8% de mercado, antecedida pela Telefónica (27,1%) e Oi (49,2%).
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