
Aod Cunha
Durou cinco meses a primeira experiência de um clube brasileiro com o cargo de CEO.
Aod Cunha, executivo-chefe do Internacional contratado em janeiro, anunciou sua saída nesta terça-feira, 10.
O executivo era considerado a principal contratação colorada em busca da profissionalização da gestão do clube, uma das marcas defendidas pelo novo presidente do Inter, Giovanni Luigi.
Cunha permanece no Inter até o final do mês auxiliando no processo de transição e deve oferecer consultorias não remuneradas à convite da direção colorada, informa a nota publicada no site do clube.
A principal realização da gestão do CEO foi a mudança no modelo de financiamento de reforma do estádio Beira Rio.
Inicialmente, as reformas estavam orçadas em R$ 150 milhões e seriam financiadas pelos cerca de R$ 30 milhões obtidos com a venda dos Eucaliptos – o valor oficial não foi aberto pelo Inter – e a antecipação de receita dos futuros camarotes.
Cunha e Luigi questionaram o autofinanciamento, que segundo eles poderia ser comprometido por variações de caixa e não atendia às exigências de garantias financeiras para execução da obra no estádio pedidas pela Fifa para manter o Beira Rio como sede da Copa 2014.
Na próxima segunda-feira, 16, deve ser feito o anúncio da parceria com a construtora Andrade Gutierrez para a realização das obras.
“Depois dessa experiência, tenho claro para mim que estes avanços na área de profissionalização dentro do clube precisam estar no estatuto. De forma muito clara e direita. Consegui avançar até onde era possível”, argumentou à reportagem do UOL Esporte.
Cunha foi até janeiro de 2009 secretário da Fazenda do então governo Yeda Crusius e antes de assumir como CEO do Inter prestava serviços de consultoria para o Banco Mundial.
O economista é considerado um dos responsáveis pelo défict zero no orçamento gaúcho, uma das bandeiras da istração tucana no estado. É tido como um nome de boa circulação no empresariado gaúcho.