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Oscar Kronmeyer. Foto: Divulgação
Pela primeira vez desde a sua formação, há três anos, a APL de automação e controle terá recursos do governo estadual gaúcho. Foram prometidos R$ 200 mil, ainda sem prazo para destinação.
Essa deve ser a primeira leva de um total que poderá chegar a R$ 1 milhão, através da AGDI.
Sigla para Arranjo Produtivo Local, a APL é uma articulação entre empresas, trabalhadores, governos e instituições, colocados em regime de colaboração.
Antes disso, relembra Oscar Kronmeyer, gerente regional da Abinee no Rio Grande do Sul – que é uma das promotoras da APL – as próprias empresas e parceiras mantinham a entidade financeiramente.
“Vivíamos de doações. Agora teremos condições de contratar pessoas para elaborar nossos projetos a fim de pleitear recursos em entidades de fomento e ter uma infraestrutura para dar e à nossa atuação”, comemora Kronmeyer.
Os recursos são fruto da aprovação da APL em edital para o segmento lançado no ano ado pelo governo do Rio Grande do Sul.
INVESTIMENTOS
Com o dinheiro em mãos, a APL deve atacar em quatro frentes: promoção comercial, e a empresas âncora que puxem a cadeia, inovação tecnológica e incentivos financeiros.
Segundo Kronmeyer, a área é fundamental para praticamente tudo atualmente, o que deve facilitar o trabalho da APL.
“Automação está em tudo, do chip do boi à plataforma de petróleo. Temos que investir nessa área e promover a internacionalização das nossas empresas, que são líderes nacionais nesse setor”, avalia o gerente.
MÃO DE OBRA
Um dos projetos que a APL já realizou, sem incentivos, envolveu a formação de mão de obra.
Em 2010, foi criado um curso pós-técnico da área na Fundação Escola Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo. O custo foi de R$ 200 mil, e contou com apoio da Altus, uma das associadas da APL. Hoje, o curso faz parte da grade da instituição.
“Com certeza vamos investir em novas iniciativas nesse formato para a geração de mão de obra qualificada, tanto do ponto de vista técnico quanto de gestão”, finaliza Kronmeyer.
PARCEIROS
No quadro de 55 empresas apoiadoras da APL estão a Altus, Coda, JMD e NBN. Somente a Altus, com faturamento de R$ 130 milhões, assina projetos para mais de oito plataformas da Petrobras.
Entre as entidades parceiras estão o Sebrae, IEL, Senai e a secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, além das instituições de ensino como UCS, Unisinos, PUC, Fundação Liberato e UFRGS.
O SETOR
Segundo dados da Abinee, 35% das empresas do setor elétrico e eletrônico gaúcho são da área de automação industrial, com faturamento anual total acima de R$ 4 bilhões, e cerca de 2 mil empregados.
Reunindo empresas do eixo Porto Alegre/Caxias do Sul, a entidade tem representantes das cidades de Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Caxias do Sul, Dois Irmãos, Esteio, Gravataí, Morro Reuter, Novo Hamburgo, Porto Alegre e São Leopoldo.