
Rudinei Gerhart.
Acaba de entrar no Android Market o Meu Plano, um app que faz indicações de planos de operadoras de telefonia com base na análise dos padrões de consumo do usuário.
Criada por Rudinei Gerhart, ex-gerente de B2B da Oi na região Sul, na Incubadora Tecnológica da Unochapecó, em Chapecó, no interior de Santa Catarina e tem como sócios Ernani Zottis e Julio César Biesdorf, proprietários da Infogen, empresa de desenvolvimeno de sistemas também sediada na cidade.
Disponível inicialmente para Android (versões para iOS e Windows Phone devem estar disponíveis até o final do ano), o app analisa padrões de consumo de voz, mensagens e dados em redes de telefonia e cruza eles com os últimos planos disponibilizados por Oi, Vivo, TIM e Claro.
O app foi desenvolvido ao longo dos últimos três anos, com base na oportunidade de negócio gerada por uma resolução da Anatel de 2014, obrigando as operadoras a divulgarem seus planos no site da agência dois dias antes da entrada no mercado.
Os dados são extraídos por algoritmos de busca ou bases XML, ando por uma análise da Meu Plano, usando tecnologia patenteada no INPI para fazer coisas como colocar em minutos ofertas diárias ou mensais, aplicar o ICMS de cada estado.
Além de tomar decisões sobre troca de planos, com o aplicativo, é possível monitorar on-line tudo aquilo que você utiliza e gasta.
“Você tem uma prévia daquilo que vai receber final do mês como cobrança, ou se você usa pré-pago, daquilo que você consumiu com seus créditos, coisa que hoje é meio invisível com as operadoras”, avalia Gerhart.
O Meu Plano quer monetizar o serviço inicialmente com publicidade, capitalizando em cima da grande audiência potencial. Em uma semana, o app foi baixado 5 mil vezes.
Nos planos de médio prazo está a criação de uma versão paga direcionado para empresas, com funcionalidades de controle de gastos, relatório de despesas, rateio por departamentos e outros.
Gerhart destaca que o novo app terá um diferencial importante sobre as empresas que já estão no mercado oferecendo serviços de análise e negociação de faturas telefônicas, uma vez que analisará o consumo na fonte, e não como ele é reportado pelas operadoras.
“Se você não conferir as ligações de sua fatura, com o seu consumo no dispositivo que fez a chamada, qualquer outra possibilidade de conferência será questionável”, avalia o empresário.
Chapecó, cidade mais importante do oeste catarinense, é conhecida como polo de agroindústria, sediando empresas como BR Foods e Cooperativa Aurora. Nos últimos tempos, o setor de TI tem se organizado e recebido incentivos.
No começo do ano ado, por exemplo, a cidade reduziu o ISS do setor de tecnologia. A nova alíquota era uma demanda da Deatec, uma associação de empresários da área fundada em 2005.
Atualmente, a entidade cobre uma região com mais de 100 municípios, entre Joaçaba e São Miguel do Oeste e representa mais de 50 empresas que mantêm 1.300 empregados e geram R$ 60 milhões em faturamento.