
Usuários de 4G em cidades consideradas rurais contam, em média, com 41% de disponibilidade de sinal. Foto: Pexels.
A Opensignal, empresa de análise móvel, realizou um estudo sobre as diferenças entre a experiência de rede de áreas rurais e urbanas do Brasil. A pesquisa foi desenvolvida entre 1º de abril e 30 de junho, com dados de 1.080.679 celulares.
De acordo com o material, os usuários de 4G em cidades consideradas urbanas contam, em média, com 75% de disponibilidade de sinal, contra 41% em regiões rurais. Isso significa que a proporção de tempo que os brasileiros em áreas urbanas têm sinal de 4G disponível é 1,8 vezes maior em relação àqueles que estão no interior.
A análise foi feita com base nos critérios de topografia e densidade populacional do IBGE, que dividem os municípios brasileiros entre urbanos, intermediários e rurais.
O estudo conta com uma análise mais completa da experiência móvel dos brasileiros. Nesse critério, foram avaliadas as disponibilidades de 4G e 3G de maneira combinada.
As áreas urbanas apresentaram 90% de tempo de cobertura contra 74% das áreas rurais. Em municípios intermediários, a disponibilidade é de 79%.
Entre as principais operadoras, a TIM se destacou com cobertura 4G de 84% nos municípios urbanos e 53% nos rurais. A Oi tem as piores métricas em ambas as análises: 64% nas regiões urbanas e apenas 14% nas rurais. O mau desempenho é explicado pelo fato de a operadora ainda não contar com a faixa de conexão de 700 MHz.
Na análise de 3G/4G por operadora, Claro, Vivo e TIM mostraram bom desempenho nas áreas urbanas, com média de 92% de disponibilidade. Nas regiões rurais, a Vivo se destaca com 80%, contra 76% da Claro, 75% da TIM e apenas 38% da Oi.
A disponibilidade 4G não é uma métrica de cobertura ou de extensão geográfica de uma rede. Os dados medem a proporção de tempo que as pessoas têm conexão à rede nos locais que elas normalmente frequentam, algo que é normalmente esquecido pelas métricas tradicionais de cobertura.