
Marlim Azul vai usar gás dos campos do pré-sal. Foto: Divulgação BP.
A Arke Energia, uma t venture responsável pela construção da termelétrica de Marlim Azul, no Rio de Janeiro, implementou o sistema de gestão empresarial SAP S/4 Hana em três meses em um projeto com consultoria da Evox.
Foi a primeira fase do projeto, visando as colocar para rodar as funcionalidades do SAP S/4 para o controle e construção da termelétrica, que será erguida em Macaé.
O go live foi em janeiro. A segunda fase que tem grande foco no processo de comercialização da energia a ser gerada, tem previsão de início em meados de 2021.
A usina terá capacidade de 565 MW, suficiente para atender o consumo de energia de dois milhões de pessoas, e vai começar a entregar energia a partir de 1º de janeiro de 2023.
As obras são tocadas pela Arke, formada pela Pátria Investimentos (controlador, com 51%), a Shell (com 29%) e a Mitsubishi (com 20%).
Os investimentos em tecnologia devem chegar a R$ 20 milhões em um prazo de 5 anos.
Além dos serviços de implementação do S/4, a Arke Energia também contratou com a Evox para serviços de sustentação de toda arquitetura de aplicações e e aos usuários (AMS e AIS, nas respectivas siglas em inglês).
A Arke também contratou o Evox Virtual IT, que são os serviços de terceirização da área de TI da empresa.
“Buscamos o conceito real aplicado de “one stop shop”, conectado aos valores da companhia de inovação e otimização”, afirma Hérika Castilho, Controller da Arke Energia.
O plano de investimentos total em Marlim Azul é de US$ 700 milhões.
Marlim Azul será primeira usina a usar o gás natural produzido nos campos do pré-sal, no caso, com extração da Shell, que, com o empreendimento, faz sua estreia na geração de energia elétrica no país.
O investimento engloba a construção da termelétrica, um gasoduto de 22 quilômetros para ligar o terminal de gás (Terminal de Cabiúnas) até a usina e uma linha de transmissão.
A Evox tem experiência na área de geração de energia. A empresa é fornecedora de serviços de sustentação de sistemas do Grupo Votorantim, o que inclui a Votorantim Energia, uma das principais investidoras no setor elétrico brasileiro com atuação nos segmentos de geração e de comercialização e serviços de energia.
Junto com o fundo de investimentos Canada Pension Plan Investment Board, Votorantim Energia criou uma t venture para assumir a Companhia Energética de São Paulo (CESP), após o bem-sucedido leilão de privatização em outubro de 2018.
A CESP também conta com os serviços de sustentação de sistemas da Evox.
A estimativa da SAP é que mais de 80% de mercado das empresas de utilities no Brasil é cliente da empresa.
A multinacional alemã é a fornecedora de sistemas de gestão do Grupo FL, o maior player do setor no Brasil, controlador da RGE, além de clientes como Copel, Cemig, Light, Itaipu, Eletronorte e Furnas.
A Oracle, em troca, tem a Tractebel Energia, maior empresa privada de geração de energia elétrica do país.
Só nos últimos meses, o Baguete noticiou duas grandes implementações do S/4 Hana em empresas do setor.
Um deles foi na KF Participações, holding especializada em leilões de transmissão de energia e atividades de mineração, em um projeto da Engineering.
Outros foram na Amazonas e Roraima Energia, duas empresas do setor de distribuição de energia elétrica recentemente privatizadas e pertencentes ao consórcio Oliveira Energia/Atem. O projeto é da Meta.