
Quem sabe aquela nuvem lá no fundo não é da AWS. Foto: flickr.com/photos/leesean.
A AWS divulgou “planos” para a criação de uma nova zona local de nuvem no Rio de Janeiro, se somando à que já tem em São Paulo desde 2011.
Dentro da linha de mistério que costuma encobrir esse tipo de divulgação, a AWS não diz onde ficará o data center que abrigará a nova zona, quanto tudo vai custar ou mesmo quando efetivamente a novidade estará disponível.
De qualquer forma, com a nova zona, seja lá quando ela chegar, a AWS se iguala à sua concorrente Microsoft, que anunciou uma zona baseada no Rio de Janeiro em outubro de 2020.
A AWS ainda é líder disparada em infraestrutura na nuvem, com 33% de participação, segundo dados da consultoria Synergy Group, mas a disputa já não é tão desequilibrada como já foi. Microsoft e Google, os maiores concorrentes, tem 21% e 10%.
A nova zona carioca da AWS se junta às 84 já existentes no mundo e a mais 30 planejadas para serem lançadas em 26 países em todo o mundo a partir de 2022, aponta a AWS.
Com uma zona local, os clientes podem processar mais rapidamente algumas aplicações que demandam maior latência, enquanto o resto fica dentro da mesma região.
É o caso de coisas como jogos remotos em tempo real, criação de conteúdos multimídia e de entretenimento, streaming de vídeo ao vivo, simulações de engenharia, realidade aumentada e virtual, inferência de machine learning no edge, e muito mais.
“Sabemos que a velocidade de entrega de aplicativos com latência ultrabaixa e uma experiência de usuário perfeita são importantes em todos os negócios e setores, por isso estamos empolgados em trazer a nuvem para mais clientes no Brasil e ajudar a atender a essa demanda”, afirma Cléber Morais, diretor geral para o Setor Corporativo da AWS no Brasil.
Um investimento desses pode significar muito dinheiro.
Em fevereiro de 2020, depois de uma reunião do governador João Dória (PSDB) com altos executivos da AWS, o governo paulista divulgou um investimento de R$ 1 bilhão nos dois anos seguintes na infraestrutura em nuvem na América do Sul.
Na época, isso significava apenas São Paulo, onde a AWS abriu sua primeira zona local no Brasil em 2011.
Esse é o tipo de informação que a AWS nunca divulga, mas o que são as políticas cheias de segredo da AWS para um político querendo se promover? Nada.
Por outro lado, não é possível saber se a cifra de R$ 1 bilhão é real, e, caso ela seja, exatamente no que o dinheiro foi investido.