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B3: migração para a nuvem está em 15% n4p5v

A empresa só não considera migrar a negociação da bolsa para a cloud. 572x1f

29 de abril de 2024 - 10:55
Ricardo Redenschi, diretor de plataformas e operações de TI da B3. Foto: B3/reprodução.

Ricardo Redenschi, diretor de plataformas e operações de TI da B3. Foto: B3/reprodução.

A B3, bolsa de valores do Brasil, já migrou algo entre 10% e 15% das suas operações para a nuvem com uma estratégia multicloud que combina aplicações da Oracle e da Microsoft, dois dos principais players do mercado.

O negócio foi fechado ainda em 2022, quando as empresas firmaram um contrato conjunto para um projeto com previsão de desdobramento em 10 anos. 

A B3 foi uma das primeiras a utilizar uma conexão inédita no mundo entre os data centers das duas multinacionais americanas.

(A Oracle não é nem de longe um player de computação em nuvem da dimensão da Microsoft, mas ainda assim concorre no mercado, o que torna a colaboração um fato interessante).

Dois anos depois, já estão rodando na nuvem sistemas da bolsa como o portal do investidor, as operações de seguro e a clearing de câmbio, voltada a operações do mercado brasileiro interbancário de dólar à vista.

Em processo de migração, estão áreas como dados, Mercado de Balcão, central depositária, clearing B3 e financiamento.

“Nossa decisão é de migrar para a nuvem conforme temos o desejo ou a necessidade de atualizar tecnologicamente as aplicações. Foi assim com a clearing de câmbio, foi assim com a depositária e assim será ao longo dos próximos anos. O gap de conhecimento e experiência também afeta todo mundo, então é importante fazer uma transição gradual, pelo menos para nós que somos muito cobrados por resiliência”, conta Ricardo Redenschi, diretor de plataformas e operações de TI da B3. 

De acordo com o executivo, a única área da B3 que não deve ir para a cloud em um período de curto ou médio prazo é a da Negociação, que é conhecida como a bolsa propriamente, algo cuja parada poderia ter consequências catastróficas muito além da B3. 

“A gente não enxerga a Negociação indo para a nuvem nos próximos anos, não tem previsão. Nos demais segmentos, como em toda empresa, existe uma expectativa grande de aceleração das entregas em cima da área de TI”, conta Redenschi.

Segundo o executivo, a escolha não tem a ver com a maturidade ou a resiliência da computação em cloud. Neste caso específico, pesam características técnicas como latência, igualdade e desvio padrão.

“Existe uma característica toda especial no segmento de negociação. Os nossos high frequency traders se preocupam, por exemplo, com o tamanho do cabo que liga o equipamento deles ao nosso. Eles têm que ficar próximos do núcleo de negociação. Existem várias razões pelas quais, hoje, não enxergamos a nuvem como uma alternativa”, explica Redenschi.

Combinada com um data center próprio em Santana do Parnaíba, São Paulo, a estratégia de cloud pública da B3 roda 100% no Brasil. 

“Todos os segmentos regulados pelo Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rodam no Brasil. É um cuidado. O regulador até abriu um pouco para rodar no exterior, mas temos a preferência de rodar no Brasil”, conta Redenschi.

Quando se fala em empresas adquiridas, a B3 está optando por manter o core separado para preservar a agilidade. Os negócios já estão, na maior parte, na nuvem, também utilizando provedores como Google e AWS.

Na comparação com outras bolsas ao redor do mundo, o diretor avalia que a brasileira está no meio do caminho, sendo que algumas delas estão mais avançadas e outras que ainda nem consideram o uso de cloud. 

INOVAÇÃO E IA

Para o diretor, relacionar a migração com a atualização tecnológica é o principal ponto. 

“A nuvem facilita a atualização tecnológica, que favorece a agilidade e mais entregas. Então, a gente consegue fazer diversas atualizações por dia ao o que, antes, fazia uma a cada semana. Quando você está na cloud, está mais próximo da inovação”, destaca Redenschi.

O executivo destaca que a maior parte da inteligência artificial, por exemplo, está relacionada à nuvem. No caso da própria B3, a empresa pôde começar a utilizar a tecnologia da OpenAI pouco tempo depois do seu surgimento por já ter uma conexão estabelecida com a Azure.

No último ano, a bolsa brasileira aproveitou para estruturar uma área dedicada a disseminar o uso de IA e lançou um chatbot educacional baseado em IA generativa. No momento, está terminando um trabalho de avaliação de oportunidades internas.

“Como eu consigo otimizar atividades do mundo corporativo, financeiro, jurídico, a gente entende que existe muita oportunidade aí. Mas eu ainda não consigo enxergar o efeito disso na negociação, por exemplo”, revela Redenschi.

Fundada em 1890, a B3 registrou lucro líquido de R$ 4,1 bilhões em 2023, recuo de 2% em comparação com o ano anterior. 

Até 2016, a bolsa tinha cerca de 500 mil Fs cadastrados e, em julho de 2019, esse número chegou a 1 milhão. Atualmente, mais de 5 milhões de brasileiros possuem algum tipo de investimento em renda variável.

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