
O Banrisul disse nesta sexta-feira, 25, que não “está investindo” nenhum recurso financeiro na reforma do Beira Rio.
O fato foi comunicado por meio de um tweet – que mencionava também a Arena do Grêmio – que pode ser entendido como um desmentido de informações publicadas pela Zero Hora nesta sexta, 25.
De acordo com a coluna Bola Dividida, do jornalista Luiz Zini Pires, o banco estatal gaúcho entrou no projeto de reforma.
“A [entrada do Banrisul] foi pensada e guiada por políticos colorados com trânsito total entre o Palácio do Planalto, o Piratini e a prefeitura da Capital. O estado levou um susto e ficou com medo de sair da rota da Copa depois da perda da Copa das Confederações. Agiu”, afirma Zini Pires.
Em seu perfil, o banco contrapôs, no gerúndio e sem dar maiores detalhes: “O Banrisul informa que não está investindo nenhum recurso financeiro nas obras dos estádios do Grêmio e do Internacional”.
Procurada pela reportagem do Baguete Diário, a assessoria de imprensa do Banrisul informou que o banco não planeja divulgar uma nota oficial sobre o tema, limitando a divulgação do fato ao microblog, onde o banco tem 3 mil seguidores. Até o momento, a informação foi retuitada 30 vezes.
Em uma matéria na ZeroHora.com, nesta quinta, 24, o jornal conta que o Internacional e a Andrade Gutierrez chegaram a um acordo e as obras do Beira Rio, paradas há quatro meses, devem recomeçar antes do final do ano.
A matéria dizia também que a Andrade Gutierrez vai entrar com R$ 60 milhões, 20% do valor total da obra orçada em R$ 290 milhões.
O Banrisul “estruturaria o modelo financeiro” para atrair dois parceiros em negociação com a AG.
De acordo com a ZH, a instituição poderia destinar uma linha de crédito para o empreendimento.
Não havia maiores detalhes sobre em que condições o dinheiro do Banrisul entraria no empreendimento.
O banco gaúcho já era assediado pelo Internacional antes mesmo da do contrato com a AG, quando o clube apostava em fazer a obra com recursos próprios. Na época, a expectativa era que o Banrisul oferecesse garantias financeiras para a Fifa pelo Inter, o que acabou não acontecendo.
Copa das Confederações
O atraso na do contrato de reforma com a Andrade Gutierrez foi a razão apontada pela Fifa para a exclusão de Porto Alegre das cidades que receberão jogos da Copa das Confederações.
Jornais como o estado de São Paulo, no entanto, apontaram que a ausência do contrato na verdade proveu a organização mundial do futebol e a CBF para mandar um recado para o governo federal, que apoiava a candidatura gaúcha.
Plano B
As obras de reforma do Beira Rio começaram no final de 2010 e o plano do clube era bancar o projeto com recursos próprios, oriundos da vende de camarotes no estádio.
Em meio à obra, depois de destruída uma oitava parte do estádio, os dirigentes do colorado mudaram de planos e decidiram fazer a reforma em parceria com uma construtora.