
Avião solar da Bayer. Foto: divulgação.
A Bayer MaterialScience, divisão de Materiais Inovadores do Grupo Bayer, quer realizar a primeira volta ao mundo em uma aeronave movida a energia solar.
O Solar Impulse – 2 decolará em março de 2015 do Golfo Pérsico [não se sabe se numa provocação aos maiores produtores de petróleo do mundo] e irá para a Índia e o Oceânico Pacífico.
A meta é bater o feito do primeiro ultraleve solar da empresa, que ficou conhecido por ter atravessado o Atlântico e os Estados Unidos de costa a costa somente com energia solar.
Ultraleve nesse caso é mais do que nada uma força de expressão: o avião tem 2,3 toneladas e asas com extensão é de 72 metros, a mesma ou até maior do que as dos aviões de ageiros. São 17,2 mil células receptoras de energia.
Se o voo da Bayer MaterialScience despertou um que de deja vu no leitor, isso é normal.
O Solar Impulse – 2 tentará inscrever seu nome numa longa lista de pioneiros dos ares, uma atividade que era bem mais comum numa época em que voar não era um fato banal como hoje.
A primeira circunavegação do globo foi feita em 1924, por um time de aviadores da força aérea americana. A viagem durou 175 dias.
Mais famoso ficou o primeiro voo sem escalas entre os Estados Unidos e a Europa, feito por Charles Lindbergh no Spirit of St. Louis em maio de 1927: em 33,5 horas, Lindbergh voou de Nova Iorque para um aeroporto cerca de Paris, em um feito que eletrizou o mundo.
A melhor história de voos transatlânticos, no entanto, pertence a outro americano Douglas Corrigan, apelidado “Wrong Way”.
Em 1938, ele fez um voo transcontinental entre a Califórnia e Nova Iorque. Não autorizado a seguir adiante para a Europa pelas autoridades, Corrigan disse que então voltaria para casa.
Corrigan decolou, alegou que o tempo pesado e carregado de nuvens fez ele se confundir e errar a rota... até a Irlanda. O aviador nunca itiu que o erro foi intencional.