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BB desviou dinheiro de velhinha? 6z22

Polícia Federal apura suposta fraude no valor de R$ 500 mil. 582l3s

11 de dezembro de 2023 - 17:42
Foto: Deposit Photos.

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O Banco do Brasil está sendo investigado pela Polícia Civil paulista, que apura uma suposta fraude contra uma idosa de 78 anos, que pode ter desviado mais de R$ 500 mil desde 2014.

Segundo alega a família de Vânia Cerri, foram feitos diversos empréstimos consignados no nome da idosa, bem como contratações de consórcios, saques e outras movimentações sem o consentimento da correntista.

“É um caso clássico de fraude cometida contra uma pessoa vulnerável. O único agente arrecadador era o próprio banco, na medida em que lucrava com juros, impostos de operações financeiras e os benefícios desses empréstimos”, explica Jorge Abduch, advogado de Cerri.

Em uma das provas apresentadas pela defesa em um processo divulgado pelo Globo, foi identificada também uma inconsistência nos extratos bancários da aposentada, bem como na grafia das s que autorizaram as movimentações, o que levanta a suspeita de uma possível falsificação.

Outro indício, foi o registro de movimentações feitas fora do horário de funcionamento do banco e, inclusive, em uma data em que Cerri esteve hospitalizada, em 2019.

Além disso, o nome da idosa consta em consórcios de motocicletas e quadriciclos, veículos que não poderiam ser usados por ela desde seu diagnóstico de Parkinson e dos dois AVCs que sofreu.

O resultado foi um rombo na conta da senhora, que experimentou um declínio em sua avaliação de crédito e um endividamento de valor ainda desconhecido.

Por conta disso, a categoria do plano de saúde de Cerri, usado para tratar sua doença neurológica, foi rebaixado. 

Os cartões da idosa também foram bloqueados e seus limites de crédito, cancelados. Com isso, Cerri teve seu nome negativado no Serasa.

De acordo com uma perícia contratada pela família da aposentada, o prejuízo calculado até o momento foi de R$ 579,9 mil entre 2015 e 2020, com base em extratos obtidos pelos técnicos.

Apesar disso, a expectativa é de que o valor ultrae R$ 2 milhões, uma vez que há registros de movimentações atípicas já em 2010 e 2011.

Conforme revela o Globo, o Banco do Brasil se negou a fornecer os contratos supostamente assinados por Cerri, os quais poderiam comprovar a magnitude da fraude, mesmo diante de uma solicitação de entrega dos documentos pela promotora Ingrid Maria Bertolino Braido, da 16ª Vara Criminal do Foro Central da Capital, ao final de novembro.

Na ação, o banco diz que “houve um minucioso estudo da ocorrência e verificação das circunstâncias apresentadas pela autora, o que culminou na estipulação do valor que atende à cobertura patrimonial que foi pleiteada nas mensagens eletrônicas juntadas aos autos”, em referência a um depósito que o banco fez no valor de R$ 343,3 mil como estorno do rombo.

Os advogados, por sua vez, afirmam que o depósito foi um acordo extrajudicial feito pela empresa, mas que nunca foi combinado com a correntista. Charles Taraboulsi, gerente do Banco do Brasil, confirma a versão de que a família da cliente não aceitou a proposta.

Em nota, o banco diz que “pauta sua política de relacionamento pelos princípios da transparência, legalidade e ética”, oferecendo “produtos e serviços adequados às necessidades, aos interesses e aos objetivos dos clientes e usuários de cada segmento do mercado”.

Sobre o caso, a instituição financeira afirma resguardar “seu direito de se manifestar em juízo”, diante do processo judicial em andamento.

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