
O Banco do Brasil e o Bradesco divulgaram nesta sexta-feira, 22, que reduziram o volume de dinheiro disponível nos seus caixas eletrônicos durante a noite, como uma maneira de tentar reduzir a onda de ataques criminosos aos locais.
Em ambos os casos, os bancos investiram em tecnologia que permite calcular melhor a demanda de dinheiro em cada caixa, permitindo a disponibilização de apenas o volume mínimo necessário para o atendimento aos clientes.
A expectativa é reduzir a atratividade dos caixas para os criminosos – é de se esperar que a concorrência, agora mais atrativa, tome medidas similares em breve.
Segundo dados coletados pela Exame em agosto, Bradesco e Banco do Brasil são respectivamente o segundo o terceiro maiores bancos do Brasil.
Ambos os bancos não deram maiores detalhes sobre qual será a redução efetiva. O Banco do Brasil disse apenas que nas praças com maior incidência de ataques, o porcentual médio de redução dos valores disponíveis chega a 70%.
Nos últimos anos, explodir caixas eletrônicos com dinamite para levar os cofres se tornou a última tendência em criminalidade no Brasil.
A situação é especialmente grave para os bancos, porque além da perda do dinheiro, os ataques geralmente causam a destruição de boa parte da agência na qual os caixas estão instalados.
A reportagem do Baguete não encontrou números consolidados nacionalmente, mas os números estaduais mostram o tamanho do problema.
No Paraná, foram 38 ataques com dinamite no que vai de ano, em Minas Gerais, 98, e em São Paulo, somente em março já foram registrados nove ataques.
Não é a primeira medida lançada para inibir esse tipo de crime. Em 2011, bancos divulgaram um mecanismo pelo qual caixas abertos fora do procedimento habitual liberavam tinta rosa sobre as notas.
Meses depois, criminosos descobriram como lavar o dinheiro.