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O investimento estrangeiro em ações de empresas brasileiras atingiu em outubro o maior valor em mais de 60 anos.
Faltando uma semana para o fim do mês, o Banco Central já registrou transações de mais de US$ 13 bilhões – mais de 40% do dinheiro direcionado para esse mercado em todo este ano, informa a Folha de São Paulo.
O valor está influenciado pelo lançamento de ações do Santander Brasil, a maior operação desse tipo realizada neste ano em todo o mundo.
Cerca de um terço desse dinheiro não chegou a entrar no país, pois se refere às compras de papéis de empresas nacionais negociadas na Bolsa de Nova York, onde a filial do banco espanhol também vendeu ações na operação realizada no começo do mês.
Se forem considerados ainda os investimentos estrangeiros em renda fixa, principalmente títulos públicos, a entrada de capital estrangeiro nesses mercados já chega a quase US$ 40 bilhões, bem acima da previsão feita há cerca de um mês pelo BC para este ano, de US$ 22 bilhões até o final de 2009.
O aumento no fluxo de dólares para esses investimentos no Brasil foi o argumento utilizado pelo governo para taxar as operações de estrangeiros com ações e títulos, que começaram a pagar 2% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) desde a última terça-feira. Além do Santander, outras ofertas de ações podem trazer mais US$ 20 bilhões ao país até o fim do ano e pressionar o dólar ainda mais para baixo.
Em entrevista à Folha, ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que os dirigentes do mercado de capitais estão "chorando de barriga cheia" ao criticar a taxação dos estrangeiros, pois "nunca na história de um governo a Bolsa de Valores teve uma expansão tão fantástica". O ministro disse que, se o governo não fizesse nada, o dólar já estaria abaixo de R$ 1,50. Ontem, fechou cotado a R$ 1,713.
Os dados do BC mostram que, até o momento, não houve reversão desse fluxo. Nas três primeiras semanas deste mês, as operações comerciais e financeiras com o exterior já trouxeram para o país US$ 13,7 bilhões, segundo maior valor da série histórica oficial, iniciada em 1947.
O BC comprou cerca de metade desse valor para reforçar as reservas internacionais e evitar uma desvalorização ainda maior da moeda norte-americana em relação ao real, o que preocupa, principalmente, a indústria exportadora.
Somente nos três primeiros dias desta semana, entraram US$ 3 bilhões no país. O BC disse que não é possível afirmar se os dados já refletem a taxação, já que grande parte desse dinheiro se refere a operações contratadas na semana anterior.
Para o economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, o capital estrangeiro continuará vendo no Brasil uma das melhores oportunidades de investimento, mesmo com a taxação pelo IOF.
Para ele, as previsões feitas pelo BC para a entrada de dólares no país neste ano devem ser superadas até dezembro.
"Há um excesso de liquidez no mundo, com taxas de juros negativas em muitos países. Os investidores estão buscando alternativas, e o Brasil é a melhor opção", afirmou.
Faltando uma semana para o fim do mês, o Banco Central já registrou transações de mais de US$ 13 bilhões – mais de 40% do dinheiro direcionado para esse mercado em todo este ano, informa a Folha de São Paulo.
O valor está influenciado pelo lançamento de ações do Santander Brasil, a maior operação desse tipo realizada neste ano em todo o mundo.
Cerca de um terço desse dinheiro não chegou a entrar no país, pois se refere às compras de papéis de empresas nacionais negociadas na Bolsa de Nova York, onde a filial do banco espanhol também vendeu ações na operação realizada no começo do mês.
Se forem considerados ainda os investimentos estrangeiros em renda fixa, principalmente títulos públicos, a entrada de capital estrangeiro nesses mercados já chega a quase US$ 40 bilhões, bem acima da previsão feita há cerca de um mês pelo BC para este ano, de US$ 22 bilhões até o final de 2009.
O aumento no fluxo de dólares para esses investimentos no Brasil foi o argumento utilizado pelo governo para taxar as operações de estrangeiros com ações e títulos, que começaram a pagar 2% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) desde a última terça-feira. Além do Santander, outras ofertas de ações podem trazer mais US$ 20 bilhões ao país até o fim do ano e pressionar o dólar ainda mais para baixo.
Em entrevista à Folha, ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que os dirigentes do mercado de capitais estão "chorando de barriga cheia" ao criticar a taxação dos estrangeiros, pois "nunca na história de um governo a Bolsa de Valores teve uma expansão tão fantástica". O ministro disse que, se o governo não fizesse nada, o dólar já estaria abaixo de R$ 1,50. Ontem, fechou cotado a R$ 1,713.
Os dados do BC mostram que, até o momento, não houve reversão desse fluxo. Nas três primeiras semanas deste mês, as operações comerciais e financeiras com o exterior já trouxeram para o país US$ 13,7 bilhões, segundo maior valor da série histórica oficial, iniciada em 1947.
O BC comprou cerca de metade desse valor para reforçar as reservas internacionais e evitar uma desvalorização ainda maior da moeda norte-americana em relação ao real, o que preocupa, principalmente, a indústria exportadora.
Somente nos três primeiros dias desta semana, entraram US$ 3 bilhões no país. O BC disse que não é possível afirmar se os dados já refletem a taxação, já que grande parte desse dinheiro se refere a operações contratadas na semana anterior.
Para o economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, o capital estrangeiro continuará vendo no Brasil uma das melhores oportunidades de investimento, mesmo com a taxação pelo IOF.
Para ele, as previsões feitas pelo BC para a entrada de dólares no país neste ano devem ser superadas até dezembro.
"Há um excesso de liquidez no mundo, com taxas de juros negativas em muitos países. Os investidores estão buscando alternativas, e o Brasil é a melhor opção", afirmou.