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Amazon, Facebook, Google e Microsoft estão entre os credores da 123 Milhas e sua controlada HotMilhas, empresas que entraram com um pedido de recuperação judicial de R$ 2,309 bilhões na última terça-feira, 29.
A companhia divulgou recentemente uma lista com as empresas e pessoas físicas que desejam ser ressarcidas. Outros nomes citados são Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Azul Linhas Aéreas e Trivago.
Conforme reporta o g1, as dívidas da empresa de compra de milhas e agens aéreas superaram R$ 2,29 bilhões. Deste total, apenas os valores relacionados a questões trabalhistas chegam a mais de R$ 16 milhões, enquanto as fiscais ultraam R$ 55 milhões.
A maior parte (quase R$ 2 bilhões) recai sobre os chamados credores quirografários, aqueles que financiaram a empresa sem preferência no recebimento diante de uma declaração de falência.
ENTENDA O CASO
O mau período da companhia vem desde setembro do ano ado, quando clientes fizeram uma chuva de reclamações nas redes sociais por conta de cancelamentos ou a não emissão de agens aéreas compradas para voos promocionais.
A grande maioria dos casos foi de consumidores que compraram agens em datas próximas ao Rock in Rio, que aconteceu entre os dias 2 e 11 de setembro. Segundo os relatos, a empresa não estaria respondendo aos contatos sobre a falta de envio das reservas.
Em junho de 2022, foi divulgado que a 123 Milhas estava envolvida em um processo istrativo aberto pela Senacon, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Segundo a Secretaria, o motivo vem de queixas de consumidores sobre a prestação dos serviços das agências de turismo durante a pandemia.
No início deste ano, porém, foi noticiado que a 123 Milhas e a MaxMilhas estavam prestes a anunciar uma fusão, que vinha sendo planejada desde o final de 2022.
Era estimado que o negócio alcançasse um volume bruto (GMV) de R$ 6 bilhões, aproximadamente 50% do índice da CVC, considerada a maior empresa de turismo do país.
No último dia 18 de agosto, a empresa suspendeu a emissão de agens da linha promocional com embarques previstos entre setembro e dezembro deste ano. Dias depois, veio o pedido de recuperação judicial.