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Stéphanie Fleury, sócia fundadora e CEO da Dindin. Foto: divulgação.
A Bitz, carteira digital e conta de pagamentos do Bradesco lançada neste ano, anunciou a aquisição da DinDin, fintech paulistana que atua no mesmo setor há quatro anos.
Como é costume no mercado de M&A, a formalização do negócio depende da aprovação do Banco Central e outras entidades reguladoras. O valor da transação não foi revelado.
A DinDin foi fundada em 2016 por Stéphanie Fleury (CEO), Juliana Furtado, Renato Avila e Brunna Beccaro.
Segundo a revista Exame, a ideia do negócio foi de Fleury, que queria trazer para o Brasil o modelo digital de envio de dinheiro entre amigos que a startup Venmo tinha nos Estados Unidos.
Na época, o modelo não era popular no país e empresas como Piay ainda estavam começando sua trajetória.
Entre os serviços oferecidos pela DinDin, estão contas digitais para pessoas físicas e jurídicas, transferências gratuitas entre pessoas, pagamento de contas e recarga de celular, além de um cartão virtual para compras on-line.
No início da operação da fintech, foram os próprios sócios que financiaram o crescimento da empresa.
Em 2018, após ter atingido um certo nível de tração no mercado, a startup captou investimento adicional de 46 investidores anjos individuais através de uma outra fintech brasileira, a EqSeed, plataforma voltada a investimentos no modelo crowdfunding.
Em um total de 12 dias, a empresa captou R$ 600 mil através da EqSeed, o que foi um recorde da plataforma. No ano seguinte, a DinDin foi finalista do Visa Everywhere Initiative: Women's Global Edition.
Com a venda para o Bradesco, esse é o primeiro caso de exit da EqSeed.
“Os investidores da nossa plataforma enxergaram esse potencial na empresa em 2018, e agora serão premiados com um retorno significativo no seu investimento em apenas dois anos”, destaca Brian Begnoche, economista e sócio-fundador da EqSeed.
Stéphanie Fleury, sócia fundadora e CEO da DinDin, que também é advisor no SharkTank Brazil, é a primeira mulher a vender uma startup para o Bradesco.
“Uma das coisas que mais nos motivou na proposta do Bradesco foi a confiança que demonstraram na nossa equipe. A expertise acumulada nesses quatro anos de operação e o mindset de startup irão ajudar a construir o Bitz com mais agilidade e foco na inovação”, afirma Stéphanie Fleury, sócia fundadora e CEO da DinDin.
Com a compra, o Bradesco pretende fortalecer o Bitz. O banco quer conquistar uma fatia entre 20% e 25% do mercado de carteira digitais no prazo de três anos.
“A DinDin acelera a aquisição de know-how e traz um time experiente, o que é crucial para o plano de expansão do Bitz”, afirma Curt Zimmermann, CEO do Bitz.
Ainda em 2020, a empresa deve fazer mais uma aquisição, com objetivo de acelerar a estruturação do time e de crescer o negócio.