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Para onde vamos agora? Foto: Shutterstock.
O Brasil subiu quatro posições no ranking de atratividade para outsourcing Global Services Location Index da A.T. Kearney, saltando para a quarta posição.
A pesquisa analisa e classifica os 55 principais países para terceirização mundialmente com base em métricas em três categorias: atratividade financeira, habilidades e disponibilidade das pessoas e ambiente de negócios.
A avaliação da foca particularmente para as funções de back-office, tais como TI e terceirização de processos empresariais.
O Brasil só ficou atrás da Índia, China e Malásia, países que ocupavam as mesmas posições no mês ado. Com o avanço, o Brasil superou Indonésia, Filipinas e Tailândia, ocupando o lugar que era do México, que por sua vez caiu quatro posições.
Outros países latino americanos também progrediram no ranking, como o Chile, que pulou quatro colocações para o nono lugar. O maior ganho foi da Colômbia, que saltou 23 colocações para a vigésima.
A nota da A.T. Kearney dá como principal explicação para a alta do Brasil a desvalorização da moeda nos últimos meses, o que torna o país um destino mais atrativo financeiramente.
O ambiente de negócios, pelo menos para centro de exportação de software, também é positivo: companhias desse ramo estão isentas do pagamento de impostos sobre o faturamento cobrados pela Previdência Social.
Com poucas orientações no topo da tabela - Índia e China são líderes indiscutíveis nesse tema, com um segundo tier de nações do sudeste asiático já consolidadas - a A.T. Kearney prefere comentar sobre possíveis alterações futuras nesse cenário.
“Mesmo que os seis ou sete principais países estejam ocupando a mesma ordem este ano, em relação a 2014, fazendo uma projeção, tudo isso poderá mudar radicalmente, uma vez que a própria natureza do que está sendo terceirizado está mudando”, observa Arjun Sethi, líder global da prática de TI Estratégica da A.T. Kearney e principal autor do estudo.
De acordo com Sethi, estão em alta novas tendências (e suas respectivas siglas, é claro) como automação robótica de processos (RPA) e processos de negócios como serviços (BPaaS).
“Pela primeira vez temos uma tendência, a automação. E ela poderá deslocar a liderança das preferências pela Índia e China em outsourcing. O novo modelo de negócios associado com esta automação ameaça os conceitos estabelecidos de offshoring enquanto amplia o mercado”, analisa o especialista.
O estudo projeta que a Robotic Process Automation (RPA) continuará agitando a economia de serviços ao longo da próxima década, uma vez que as tarefas baseadas em regras e repetitivas que a maioria dos funcionários de back-office realiza são as mais fáceis de automatizar.
No entanto, um disruptor surgiu na forma de Business Process as a Service (BPaaS). Enquanto na RPA os robôs são “ensinados” a imitar o que os humanos fazem usando as interfaces de usuário da própria empresa, no BPaaS os prestadores de serviços utilizam uma interface padronizada e realizam o processamento englobando múltiplos clientes — com diferentes graus de automação — para entregar resultados rapidamente em qualquer escala.