
Márcio Coelho, CEO da Brivia. Foto: Divulgação.
A Brivia, uma agência digital sediada em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, comprou a Heads, uma das maiores agências de publicidade do Brasil.
Não é a primeira tacada desse tipo da Brivia, que em 2018 já havia adquirido a Dez, na época uma das maiores agências de publicidade do Rio Grande do Sul.
O objetivo é ter uma oferta completa de comunicação, agregando os aspectos digitais e tradicionais.
É um caminho que vem sendo traçado na última década, mas normalmente com as agências de publicidade comprando agências digitais, e, nos últimos anos, empresas de desenvolvimento de software comprando agências digitais.
A Brivia é um caso raro da agência digital (ou martech, para usar o termo da moda agora) agindo como o consolidador da nova oferta.
A Heads tem clientes como Energisa, Banco Original, Positivo e Unidas. O publicitário Claudio Loureiro, fundador da Heads, será sócio da Brivia com um assento no conselho.
Com a aquisição, a Brivia espera chegar a uma receita de R$ 200 milhões este ano, quase 80% maior que a do ano ado. O número de funcionários deve atingir 450.
Segundo revela o Brazil Journal, a Brivia tem planos de fazer mais cinco aquisições, financiadas por uma captação de recursos junto a fundos a ser feita no segundo semestre.
A Brivia tem uma grande experiência no tema fusões e aquisições, tanto das que dão certo, como das que dão errado.
A empresa surgiu a partir da fusão de cinco empresas do então emergente mercado de agências digitais em 2006.
Em 2008, a Brivia foi comprada pelo grupo de comunicação GAD', com o qual permaneceu até 2012, quando os sócios compraram o controle.