
BYD investirá US$ 150 milhões em fábrica de placas. Foto: divulgação.
A BYD Energy, multinacional chinesa do segmento de energia e veículos elétricos, anunciou um investimento de US$ 150 milhões para abrir uma unidade de fabricação de placas fotovoltaicas no Brasil.
Conforme a empresa asiática, que fatura cerca de US$ 8,5 bilhões anuais, a meta é produzir o equivalente a 400 MW em placas solares por ano, trazendo ao país uma tecnologia chamada double glass, de maior eficiência e menor custo.
A planta ficará em Campinas, onde a companhia está instalando uma fábrica de ônibus elétricos - um investimento de US$ 100 milhões realizado no ano ado.
A BYD Energy faz parte do Grupo BYD, gigante chinês que emprega 180 mil pessoas em 15 unidades instaladas em várias partes do mundo. Desde 2011, o grupo prospecta o mercado brasileiro e, desde então, conta com o apoio da Apex-Brasil, agência vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Até 2017, o Grupo BYD pretende investir R$ 1 bilhão no Brasil. A empresa vai instalar também na cidade paulista um centro de pesquisa e desenvolvimento com foco em estudos e tecnologias para veículos elétricos, baterias, smart grid, energia solar e iluminação.
"Creio que o nosso compromisso com a tecnologia e a inovação em tudo o que fazemos, trará aos brasileiros uma alternativa em energia renovável para enfrentar os desafios futuros, e viver uma vida mais saudável e mais gratificante", afirma a vice-presidente sênior da BYD, Stella Li.
Para Armando Monteiro, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a chegada de uma nova planta de fabricação de painéis fotovoltaicos no Brasil servirá como um estímulo para o desenvolvimento da indústria nacional, assim como um gerador de empregos.
"Esta nova unidade é um investimento em alta tecnologia, que estimulará a setores indiretos do nosso parque industrial. São novos postos de trabalho, em um setor de grande adensamento tecnológico. Há muitos fatores positivos nesta operação".
Segundo David Barioni, da Apex-Brasil, a concretização de aportes estrangeiros é uma decisão que envolve muito planejamento, o que pode tomar até três anos para sair do papel. A entidade auxiliará na análise de custos, localização de áreas para instalação da fábrica e comunicação com as instâncias governamentais.
"É uma decisão que envolve cifras vultosas. Neste caso específico, muito além do dinheiro, o investimento representa um avanço tecnológico para o Brasil, inaugurando uma nova frente de produção energética", avalia.
Na semana ada, o país recebeu outro investimento para a instalação de uma fábrica de placas solares. A Intéling, empresa gaúcha do segmento de automação residencial e energia ligada à multinacional espanhola Ingenium, anunciou um investimento de R$ 60 milhões em uma planta no município de Bento Gonçalves, na serra gaúcha.