MERCADO

Cade revela cartel de placas de memória 1a6d22

As empresas acusadas são Elpida Memory, Hitachi, Mitsubishi, Nanya e Toshiba. f5u5a

29 de março de 2016 - 14:08
O Cade revelou um cartel no mercado de DRAM. Foto: Alexandr Makarov/Shutterstock.

O Cade revelou um cartel no mercado de DRAM. Foto: Alexandr Makarov/Shutterstock.

A Superintendência-Geral do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a condenação de cinco empresas e duas pessoas físicas por formação de cartel internacional, com efeitos no Brasil, no mercado de memória dinâmica de o aleatório (DRAM, na sigla em inglês).

As empresas acusadas são Elpida Memory, Hitachi, Mitsubishi, Nanya e Toshiba.

A memória DRAM é utilizada por computadores para armazenar informações de forma temporária e tem a função de permitir a execução de cálculos mais rápidos pelos processadores. 

De acordo com o parecer do Cade, as condutas praticadas entre 1988 e 2002 configuraram a formação e a manutenção de um cartel clássico que afetou a concorrência no mercado de memória DRAM.

O conselho afirma que as ações causaram prejuízos no território nacional tanto às empresas que adquiriram o produto das representadas quanto aos consumidores finais de bens que utilizavam o produto afetado em seu processo de fabricação.

A conduta ilícita era marcada por contatos e reuniões ilícitas entre concorrentes, tendo como principal objetivo a troca de informações relativas à capacidade esperada, às condições de mercado e aos preços dos produtos vendidos ao segmento de bens que utilizam memória DRAM.

Ao longo da instrução processual, as empresas Infineon, Samsung Eletronics, Samsung Semiconductor, Micron e Hynix, além de 14 pessoas físicas, celebraram Termos de Compromisso de Cessação de Prática com o Cade. 

Por meio dos acordos, os compromissários confirmaram a existência do cartel de abrangência mundial no mercado de memória DRAM. Além de apresentarem um “Histórico da Conduta” explicando o funcionamento do conluio e seu envolvimento nele, os signatários dos termos ficaram obrigados a recolher um montante total de R$ 8,2 milhões.

O cartel no mercado de DRAM foi investigado em outras jurisdições além do Brasil, em parceria com comissões da Europa e dos Estados Unidos, além de acordos em ações privadas movidas por clientes afetados pelo conluio. 

As empresas Hitachi, Mitsubishi e Toshiba apresentaram petições por meio das quais concordaram em pagar, respectivamente, US$ 11,5 milhões, US$ 7,1 milhões e US$ 9,2 milhões, para encerrar as investigações no âmbito de uma ação privada perante a comissão americana.

A Comissão Europeia firmou acordos com as empresas Samsung, Hynix, Infineon, NEC, Hitachi, Mitsubishi, Toshiba, Elpida e Nanya, aplicando multas que, somadas, resultaram em valor total superior a € $330 milhões. Já a empresa Micron recebeu imunidade total por ter sido a primeira a revelar à autoridade europeia a existência do cartel. 

O processo istrativo no Brasil segue agora para julgamento pelo Tribunal do Cade, responsável pela decisão final. Caso sejam condenadas, as empresas deverão pagar multa que pode alcançar até 20% de seu faturamento no ano anterior ao de instauração do processo, no ramo de atividade afetado pelo cartel.

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