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Uma solução para o problema, ou seja, uma alavanca para que o número de vôos regulares volte a crescer, seria a aprovação, pelo Congresso, do projeto de suplementação tarifária, garante o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Átila Yurtsever. “Espero que ainda este ano saia a votação”, afirma. A proposta, que tramita desde 2002, prevê a destinação de uma percentagem de cada agem vendida nas linhas mais rentáveis para o financiamento de rotas de baixa densidade.
Yurtsever diz que, apesar de transportarem menos de 3%, as 10 empresas afiliadas à Abetar cobrem 60% da malha aeroviária. "Se saíssemos do mercado, só 40% das cidades com vôos regulares permaneceriam atendidas", revela o presidente, que também é diretor da Rico Linhas Aéreas, regional que atua na região Norte.
A suplementação tarifária foi extinta em 2001, depois de funcionar por quase três décadas. O subsídio iniciou nos anos 70, quando o governo aprovou algumas medidas para dar escala à Embraer. Na mesma época, o Departamento de Aviação Civil (DAC) patrocinou a divisão do País em cinco áreas regionais, divididas entre TAM (São Paulo), Rio-Sul (do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul), Votec (Centro-Oeste), Nordeste e Taba (Norte). O apoio governamental diminuiu com o ar dos anos e as cinco empresas constituídas tiveram destinos diferentes.
"Hoje, a questão é puramente econômica. Quanto menor o avião, maior o custo do assento por quilômetro. O combustível subiu muito de preço e fica difícil competir com empresas com aeronaves maiores. Ficou inviável operar em cidades menores", sentencia Yutsever.