ALÍQUOTAS

Câmara prorroga desoneração da folha 63o6b

Medida era considerada fundamental pelas empresas de tecnologia. 136so

31 de agosto de 2023 - 08:40
Medida ou na Câmara. Foto: Lula Marques/Agência Brasil.

Medida ou na Câmara. Foto: Lula Marques/Agência Brasil.

A Câmara dos Deputados aprovou por maioria esmagadora o projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, incluindo aí o de TI.

O placar foi de 430 votos a favor contra 17 contra. 

A desoneração da folha permite às empresas substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%.

O modelo iria perder a validade em dezembro deste ano. O projeto aprovado prorroga a desoneração até dezembro de 2027. 

A alíquota do setor de TI é de 4,5% e a continuidade da desoneração foi defendida com unhas e dentes pela Brasscom, entidade que representa as maiores empresas de tecnologia instaladas no país.

Pela combinação de salários relativamente altos e uso intensivo de mão de obra, grandes centros de desenvolvimento de software são especialmente beneficiados pela desoneração.    

Segundo as contas da Brasscom, entidade que reúne as maiores empresas do país, a desoneração gerou 143 mil novas posições de trabalho em um mercado que emprega atualmente 657 mil pessoas. 

A proposta, já aprovada no Senado, volta para nova análise dos senadores, já que os deputados alteraram o conteúdo, reduzindo a alíquota do setor de transportes e incluindo a folha de pagamento dos municípios.

A aprovação é uma derrota para o governo. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu publicamente que o debate sobre desoneração da folha fosse feito durante a discussão da reforma do Imposto de Renda (IR) — a próxima etapa da reforma tributária.

Segundo o governo, a proposta aprovada pelo Congresso não prevê a compensação do benefício fiscal.

É uma dessas ironias do destino que a política de desoneração da folha de pagamento tenha sido uma das principais medidas do governo Dilma Rousseff (PT).

Já na época de Dilma, o Ministério da Fazenda era contra a medida, alegando que não era possível medir a geração de emprego oriunda da renúncia fiscal, estimada em cerca de R$ 9 bilhões por ano. 

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