
A Carris anunciou nessa quarta-feira, 09, a finalização do relatório de sindicância do ERP da companhia, que acabou na demissão do ex-diretor, João Pancinha, em setembro desse ano.
No relatório, baseado em análise documental e depoimentos de representantes das empresas envolvidas e servidores municipais, a empresa concluiu que a licitação foi feita em modalidade inadequada, que o valor estimado estava abaixo do preço de mercado e que a antecipação do pagamento foi indevida.
De acordo com o diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, que assumiu o cargo em setembro, os relatórios serão apreciados pelo Conselho de istração da companhia.
Após essa análise inicial, os documentos serão encaminhados à Procuradoria-Geral do Município.
Esses órgãos é que definirão as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos e providenciar o ressarcimento aos cofres públicos de valores pagos incorretamente.
Na sindicância do ERP, aberta em julho desse ano (sob a gestão de Pancinha), o contrato, de R$ 569 mil, assinado com a Softbus, já estava 60% pago, e sob o risco de ser cancelado.
À época, Pancinha disse que tentaria a devolução do dinheiro.
A Carris utilizava o mesmo ERP há 30 anos, revelou o ex-presidente, em julho, quando a licitação com a Softbus entrou na mira dos fiscais do poder municipal.
O contrato com a Softbus saiu por quase três vezes menos que a da concorrente: em março, a Softbus iniciou com o lance de R$ 570 mil, baixando para R$ 569 mil.
A concorrente era a Lesa Informática, que foi de R$ 1,347 milhão para R$ 1,306 milhão.