
Fernando Castro. Foto: Divulgação.
Fernando Castro, ex-CEO da Hypeflame, assumiu como diretor de tecnologia no Itaú, um dos maiores bancos do país.
Castro foi o primeiro CEO da Hypeflame, uma spin off de tecnologia criada pelo banco digital Agi em 2020.
A empresa já nasceu grande, com 400 profissionais e uma receita de R$ 200 milhões. Castro, que era CIO no Agi, então Agibank, assumiu o comando.
Ele deixou o cargo em novembro do ano ado.
Castro é um executivo experiente, contratado pelo Agi em 2017 vindo do Sicredi, um dos maiores bancos cooperativados do país, onde ou 17 anos em diferentes cargos na área de TI.
Desafios não devem faltar na TI do Itaú, que quer migrar 50% da infraestrutura do banco para a nuvem até o fim de 2022.
O fornecedor é a AWS, com a qual o Itaú fechou um contrato de 10 anos no final de 2020.
ENQUANTO ISSO NA HYPEFLAME
Semanas depois da saída de Castro, a Hypeflame fez um corte significativo na sua equipe.
De acordo com fontes ouvidas pelo Baguete, foram pelo menos 100 demissões, o que seria pelo menos um quarto da equipe total.
Procurada pela reportagem, a empresa confirmou o corte, mas não abriu números totais (também não negou o número apurado pelo Baguete).
A Hypeflame foi criada para assumir a infraestrutura de tecnologia do Agi, indo desde engenharia de software até cibersegurança, incluindo também a evolução das soluções de canais, conta corrente, meios de pagamentos, operações de crédito, investimentos e, especialmente, big data.
Ao mesmo tempo, a empresa também deveria produtizar e oferecer as soluções no mercado em geral, atuando de maneira independente.
Em uma nota enviada para o Baguete para se posicionar sobre as demissões, o Agi falou em “ajustes de projetos” e uma decisão de “desacelerar o crescimento e fortalecer a geração de resultado no curto prazo, visando fazer frente às recentes mudanças no cenário macro-econômico”.
Castro foi substituído no comando da Hypeflame por Marcelo Oliveira, ex-diretor executivo para plataformas e marketplace do Agi, com um cargo de CTO, não CEO.
A troca no comando, seguida de um grande corte, parece indicar que talvez a Hypeflame esteja focando seus esforços em atender o seu cliente principal.
Oliveira era responsável pela operação de carteira digital, investimentos e marketplace do Agi, áreas chave para o futuro e provavelmente responsáveis por boa parte da demanda da Hypeflame.