Catarinense IPM desbrava o mercado gaúcho 2f4g2s

O mercado gaúcho não é lá muito fácil: para vender para cá, mais do que bons produtos e serviços, é preciso ter uma forte estratégia de abordagem, uma boa compreensão do perfil do consumidor e, de quebra, aquela proximidade cultural. 2vs71

16 de junho de 2010 - 16:32
Aldo Mees

Aldo Mees

O mercado gaúcho não é lá muito fácil: para vender para cá, mais do que bons produtos e serviços, é preciso ter uma forte estratégia de abordagem, uma boa compreensão do perfil do consumidor e, de quebra, aquela proximidade cultural.

A opinião é de Aldo Mees, presidente da IPM - Informática Pública Municipal, empresa catarinense que tem ganhado espaço no Rio Grande do Sul, com a implantação do software Atende.Net em prefeituras de cidades como Sobradinho, Cruz Alta, Candelária, Igrejinha, Cristal do Sul, Panambi e Santa Rosa.

“O Rio Grande do Sul é bairrista, procura comprar de fornecedores locais. E isso é muito válido! Porém, dá mais trabalho para o fornecedor de fora. Mas nós temos conquistado espaço: no último ano, crescemos 100% no estado”, conta Mees.

Com sede em Florianópolis e fábrica de software em Rio do Sul, a IMP é exclusivamente focada em soluções para gestão municipal. Para ganhar terreno no mercado gaúcho, a companhia aposta na localização do atendimento, com aproximadamente 12 técnicos residentes no estado e importação de talentos daqui para sua equipe catarinense.

“O Rio Grande investe muito na área de tecnologia e forma bons profissionais. Já importamos muitos técnicos daí”, conta o presidente da IPM, que para 2010 projeta um crescimento de 40%.

Além disso, a vizinhança é outro ponto a favor, acredita ele.

“Há bastante semelhança cultural entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, tanto pelas influências da colonização européia, quanto por outros critérios, como a adesão das istrações públicas à tecnologia”, destaca Mees. “Nestes estados, o interesse das prefeituras por inovações que otimizem a gestão é maior do que em outros locais”, afirma.

Há, ainda, o diferencial da solução, que atende a cidades de 30 mil a 300 mil habitantes, principalmente, mas pode ser adaptada também às necessidades de municípios menores. Além disso, o software é modular: em Santa Rosa, por exemplo, onde a implantação se encontra em fase de conclusão, foram contratados 25 módulos, atendendo desde a parte de RH até a gestão tributária.

“Acreditamos que temos de aperfeiçoar nosso sistema para acompanhar o avanço tecnológico. Quando o sistema estiver totalmente migrado, os contribuintes perceberão o quanto essa modificação irá beneficiar e agilizar o atendimento”, afirma o secretário de istração da cidade gaúcha, Heitor Henrique Cardoso.
 
O Atende.Net oferece, ainda, ferramentas de e-Gov, NF-e, e-F e e-CNPJ, além de um banco de dados unificado para gestão tributária, o que agiliza as cobranças, mantendo todas as atualizações em dia e reduzindo a necessidade de uso de fiscais de campo.

Além do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – onde a IPM tem filial em Cascavel e um corpo de dez técnicos residentes em Curitiba –, prefeituras de estados como São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Goiás e Espírito Santo também utilizam o software catarinense.

No total, são mais de 300 municípios clientes em todo o país.

E muito deve vir pela frente, segundo Mees. “Há diversos projetos em licitação, atualmente, em vários estados. Chegamos a ter de priorizar, pois a demanda têm excedido a capacidade de pessoal de que dispomos, embora tenhamos contratado cerca de 40 colaboradores só este ano e sigamos formando e contratando pessoas”, conta o presidente.

Hoje, a equipe própria da IPM fica em torno de 120 pessoas. A companhia mantém parceria com universidades, especialmente em Santa Catarina, ministrando especializações em informática pública por meio do projeto Jovens Talentos.

“Formamos muitos técnicos por meio deste projeto, atualmente, há cerca de 40 em formação. Mas é importante lembrar que universitários não podem viajar, ou seja, só podem atuar em nossas demandas locais”, comenta Mees.