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Cena startup gaúcha está atrasada? 6y3z3h

Guilherme Masseroni, publicitário e CEO da GetWay, falou na Campus Party sobre o cenário de empresas inovadoras no Rio Grande do Sul. 5i7325

31 de janeiro de 2013 - 17:24
Estarteupes? Foto: flickr.com/photos/bombeador

Estarteupes? Foto: flickr.com/photos/bombeador

O cenário das startups no Rio Grande do Sul está atrasado. A avaliação é de Guilherme Masseroni, publicitário e CEO da GetWay, startup que criou uma solução para analisar grandes volumes de dados e é uma das sete em todo mundo escolhida para participar do IBM SmartCamp.

A reclamação de Masseroni é que as novas ideias são sufocadas por um foco excessivo na atração de companhias renomadas no Rio Grande do Sul.

“Temos orgulho dos parques tecnológicos, como Tecnopuc e Tecnosinos, mas eles competem entre si para ver quem incuba as grandes empresas de TI”, aponta o empreendedor.

A PUC-RS foi pioneira em atrair multinacionais como Dell e HP para o seu parque tecnológico, mas nos últimos anos tem enfrentado a Unisinos, que levou investimentos como a SAP e a HT Micron.

Segundo Masseroni, a demora na valorização das startups está ligada à cultura de investir em grandes empresas. “O nosso problema é ter novas ideias para dinheiro velho dos empresários da indústria calçadista que não sabem lidar com inovação. Aí o filho moderninho deles diz que quer investir em coisas novas, mas não sabem como fazê-lo”, explica.

O principal ponto negativo neste cenário no Rio Grande do Sul, conforme o empreendedor, é mudar uma cultura de tradições. “É difícil explicar ideias inovadoras para os gaúchos. Muitas vezes é preciso buscar aportes fora do estado”, lamenta.

Masseroni reconheceu a culpa dos empreendedores locais. Arrancando risos da plateia lotada, o empreendedor foi categórico para definir e criticar seus conterrâneos. “Gaúcho é arrogante demais. Temos que começar a baixar a cabeça e trabalhar”, sugere.

Para criticar a atitude dos gaúchos na tomada de decisões e no que refere-se a agir, ele faz uma analogia com o futebol. “Quando um paulista te convida para uma pelada, ele chega todo uniformizado; o carioca já tira a camisa para jogar; e o gaúcho pergunta se o gramado é seguro”, compara.

Mas nem todos aspectos do atual ecossistema são ruins. Masseroni cita como ponto positivo o movimento Anjos do Brasil, que ajuda na organização de startups, fundos e investidores. Também considera iniciativas bem estruturadas e de sucesso os projetos Catarse, Engaje e Nós.vc.

A GetWay foi a vencedora da etapa América Latina do SmartCamp, programa global de empreendedorismo da IBM. Ele se prepara para embarcar para Nova York na próxima segunda-feira, 04, para competir com sete startups globais na final.

AINDA ENGATINHAMOS
A mesa de apresentações na Campus Party também mostrou o cenário de empresas inovadoras em outros estados.

O panorama mostra que, fora Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, o Brasil ainda está engatinhando na criação de seus ecossistemas de investimentos em novas ideias. Confira o que falaram outros palestrantes:

Campo Grande-MS
Guilherme Junqueira, gerente da Incubadora Tecnológica de Campo Grande e fundador e presidente da Associação StartupMS, diz que o estado ainda é muito focado nos três “g”: grãos, gado e governo. A união de academia, mercado e governo tem dado chances a quem quer empreender. Os exemplos de startups são Reclame Aqui e o recente polêmico Namoro Fake.

João Pessoa-PB
Welsila Rebeka, co-funddora da Startup BoaSaude.me e integrante do Grupo StartUp PB, afirma que a nova geração começa a mudar a ideia comodista de tornar-se funcionário público. “Todos investimentos param em Pernambuco, temos que correr atrás dos aportes porque eles não vêm até nós”, relata.

Salvador-BA
Bruno Vinicius Silva, co-fundador da Cross, startup sediada em Salvador, acredita que na sua região da Bahia as universidades estão incentivando o empreendedorismo através de palestras. O estado já recebe diversos eventos da área e tem o apoio do Sebrae enquanto não aparecem investidores-anjo.

Brasília-DF
Antonio Ventura, e fundador da startup Up4Me.com, falou com orgulho da sua cidade.

“Brasília é realmente a cidade do futuro. Temos uma comunidade unida e voltada para a responsabilidade social”, diz. Ele cita os exemplos de sucesso uma recente viagem ao Vale do Silício e projetos como o Herocopter, jogo para deficientes visuais, e o 767, que pretende transformar um boing em um espaço de coworking.

*Juliana de Brito cobre a Campus Party Brasil 6, em São Paulo.

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