
Forasteiros entregam melhores resultados. Foto: Pixabay.
CEOs que entregam resultados fora de série tem duas vezes mais chances de terem vindo de fora da companhia na qual atuam.
Pelo menos, é o que aponta um estudo da McKinsey que procurou identificar características comuns dos 5% de CEOs que conseguiram, ao longo de sua gestão, elevar em mais de 500% o retorno aos acionistas.
Avaliando o trabalho de mais de 600 CEOs ao longo de 10 anos, a McKinsey concluiu que no topo dos 22 melhores, quase a metade (45%) tinha vindo de fora da empresa.
Na listagem completa das 600, esse número era bem menor, somando só 22% frente aos 78% de CEOs promovidos internamente.
Provavelmente relacionado com o fato de virem de fora para sacudir as coisas, 58% dos CEOs de fora costumam pedir uma revisão estratégica da empresa em seus dois primeiros anos de trabalho.
Ao contrário do setor de tecnologia americano, no qual a presença maior de investidor externos determina uma maior possibilidade de rotações no topo das companhias (o caso clássico de Steve Jobs sendo demitido da Apple vem à mente), as companhias brasileiras são relativamente imunes a esse tipo de movimentação.
O cenário vem mudando um pouco nos últimos tempos, no entanto. Em 2015, a Totvs tentou trazer um novo CEO de fora (Rodrigo Kede, ex-IBM) para fazer uma transição gradual no comando com o fundador Laércio Cosentino.
O movimento não deu certo e Kede voltou para a IBM após seis meses. Os planos de troca de comando saíram da agenda.
A Resource anunciou um movimento parecido de transição no final do ano ado, trazendo Paulo Marcelo, ex-CEO da Capgemini no Brasil, enquanto o fundador da empresa, Gilmar Batistela, ou a atuar como chairman do conselho de istração.
Desde então, Marcelo tem feito contratações de ex-executivos de confiança da Capgemini e reposicionando a Resource, com maior ênfase em tecnologias de nuvem e analytics.