
Tá difícil para o Flash. Foto: reprodução.
As portas estão se fechando para o Adobe Flash, devido aos problemas de segurança apresentados pela aplicação nos últimos tempos. Empresas como Facebook e Mozilla estão deixando de ar o software, bloqueando o plugin em seus serviços.
Na semana ada, a Mozilla Foundation estabeleceu um bloqueio ao plugin do Flash em todas as versões do browser Firefox, alegando que ele serve como o a ataques de cibercriminosos.
A decisão da Mozilla tem a ver com a divulgação de bugs críticos no software, realizada após o vazamento de documentos da empresa de segurança Hacking Team, na semana ada.
Para os usuários do Firefox, a utilização de serviços que demandam Flash (como o YouTube), só é liberada caso o usuário libere a ativação do plugin, que está bloqueado por default.
De acordo com o site da BBC, a desenvolvedora do browser recomenda aos seus usuários que só ativem o plugin da aplicação da Adobe em sites confiáveis.
Conforme destacou a Mozilla em um post em seu blog oficial, o bloqueio permanecerá ativo enquanto a fabricante não lançar uma atualização que resolva os problemas críticos de segurança apresentados.
O puxão de orelha da Mozilla vem no encalço de outra dor de cabeça para a desenvolvedora californiana: Alex Stamos, atual chefe de segurança do Facebook, declarou publicamente que é hora de "matar"o Flash.
"É hora da Adobe anunciar a data do fim da vida do Flash e solicitar aos desenvolvedores dos browsers para estabelecer o fim do e a ele para o mesmo dia", afirmou Stamos em um tweet.
Segundo analistas, apesar do Flash ser uma aplicação tradicional para os usuários da internet, ele se tornou um alvo fácil para os cibercriminosos: ele figura entre os dez softwares mais utilizados como meio de ataques digitais.
De acordo com a empresa de consultoria global w3techs, o uso de Flash em websites está em queda. Atualmente, cerca de 10,8% de todos os sites na internet usam o software para suas aplicações de multimídia.
Entretanto, para não perder mais dessa fatia, a Adobe já anunciou que está trabalhando em patches para os bugs referidos pelo HackingTeam, que devem ser lançados até o final desta semana.
O gerente de comunicações corporativas da desenvolvedora, Wiebke Lips, afirmou ao site britânico The que a empresa está se movimentando para tornar o Flash mais seguro.
"Realizamos esforços extensivos internamente, em paralelo com nosso trabalho com a comunidade de segurança e parceiros em outras organizações para tornar nossos produtos e usuários mais seguros", afirmou Lips.