CÓDIGOS

Chegou a hora dos QR-Codes 4s3t5a

Padrão está no mercado desde os anos 90. No Brasil, o uso decolou mesmo com o Pix. 1o34k

28 de outubro de 2022 - 08:20
Wilton Brito, executivo do Grupo Gertec. Foto: Divulgação

Wilton Brito, executivo do Grupo Gertec. Foto: Divulgação

Talvez muitas pessoas não saibam, mas o QR Code (“Quick Reponse Code” ou “Código de Resposta Rápida”) foi criado em 1994 pela empresa japonesa Denso-Wave, uma subsidiária da Toyota no Japão, com o objetivo de rastrear as peças e partes dos veículos durante o processo de fabricação.

No Brasil ele está presente em vários segmentos, e tem sido bastante utilizado em aplicações como: cardápios digitais, catálogos de produtos, ações de marketing ou cartões de visitas digitais, entre outras aplicações. Mas, no Brasil, o QR Code ou, de fato, a fazer parte do nosso dia a dia, após o lançamento do PIX em 2020.

É importante ressaltar, que o crescimento e uso do QR Code foi impulsionado em grande parte pelo crescimento e avanço da base de usuários com Smartphones no Brasil, que já ultraou a marca de 242 milhões de aparelhos, segundo dados da FGV-EAESP. Esse fator foi importante, pois tornou a tecnologia ível a todos estes usuários.

Vale lembrar também que antes do lançamento do PIX no Brasil, o QR Code já era bastante utilizado como forma de iniciação de pagamentos instantâneos e carteiras digitais em vários outros países, como na China por exemplo (o case mais conhecido da época com o WeChat e o AliPay).

Mas o que torna o QR Code tão popular? Se olharmos para trás, podemos considerar o QR Code como uma evolução do nosso tradicional código de barras, que hoje encontramos em praticamente todos os produtos do supermercado, boletos ou contas de pagamento.

É interessante saber que o código de barras foi inventado entre as décadas de 60 e 70, nos EUA com o objetivo de criar um método para tornar a operação no Ponto de Venda (PDV) mais rápida e automática. 

image1

 

O QR Code e o código de barras diferenciam-se principalmente por seu formato e capacidade de armazenamento. Enquanto o código de barras é unidimensional (1D) e possui baixa capacidade de armazenamento, o QR Code tem um formato bidimensional (2D), que possibilita maior capacidade de armazenamento de dados (quase 100x superior ao código de barras), e maior facilidade e rapidez de leitura por qualquer câmera de smartphone ou leitor, tornando-o mais versátil para diversas aplicações. 

Atualmente existem estudos em andamento para que o QR Code e a ser inserido nos produtos que vemos nos supermercados e lojas juntamente com o código de barras.

Neste caso, como o QR Code possibilita maior capacidade de armazenamento de dados, seria possível incluir informações adicionais como o lote do produto e o prazo de validade, possibilitando assim, maior controle e gestão dos estoques por toda a cadeia de distribuição.

Diante de todas estas características, o QR Code ou a ser rapidamente utilizado por todo o mercado de meios de pagamento como uma das principais formas de iniciação dos pagamentos instantâneos (como o PIX) ou das carteiras digitais.

Isto ocorre pois, ao invés do usuário digitar os dados do cliente ou da transação, ele pode apenas ler o QR Code gerado com estas informações e realizar o pagamento de forma simples e rápida por qualquer smartphone ou leitor. Ou seja, o QR Code, neste caso, reduz o que chamamos de “atrito” no pagamento, pois torna a operação mais ágil. 

É interessante observar também, que no caso do nosso PIX, o QR Code pode ser de dois tipos: “ESTÁTICO” ou “DINÂMICO”. O QR Code estático normalmente contém apenas os dados do recebedor (sendo necessário inserir as demais informações), já o dinâmico normalmente possui além dos dados do recebedor as informações da transação, o que possibilita maior controle e rapidez na operação, além de maior facilidade na conciliação dos pagamentos. 

Curiosamente, vemos que o pagamento por QR Code no Brasil já se transformou em praticamente um “sinônimo” de pagamento com PIX, e é possível observarmos seu uso cada dia mais difundido e integrado à nossa rotina.

Segundo uma pesquisa realizada pela PwC “os pagamentos com QR Code estão ajudando a alavancar os sistemas de pagamentos instantâneos, fornecendo o fácil e barato aos pagamentos digitais, seja por meio de um dispositivo tradicional de POS (sigla em inglês para ponto de venda –  PDV) ou de um dispositivo móvel para comerciantes e consumidores”. 

Outra pesquisa da consultoria britânica Juniper Research mostra também que o número de pessoas que regularmente paga contas e compras com QR Code deve crescer globalmente, dos atuais 1,5 bilhão para mais de 2,2 bilhões até 2025, com aumento expressivo em diversos países, entre eles o Brasil.

A Fiserv também divulgou recentemente a pesquisa Carat Insights 2022, sobre o Futuro dos Meios de Pagamento, em que indica que os pagamentos por QR Code estarão entre os mais utilizados para a próxima década, atrás apenas do PIX e das carteiras digitais segundo a opinião dos entrevistados.

A realidade é que o nosso mercado de meios de pagamento está em grande evolução e repleto de inovações. Estamos vivenciando nos últimos anos uma verdadeira transformação tecnológica com o avanço dos pagamentos digitais, e tudo isto traz muitas oportunidades para que as empresas fornecedoras de tecnologia e de serviços ofereçam soluções que possibilitem uma melhor experiência de compra para o cliente/consumidor.

Um dos principais desafios continua sendo tornar a jornada de compra cada vez mais rápida, segura e conveniente para o cliente/consumidor. A boa notícia é que embora estejamos avançando rápido nesta direção, temos ainda um “universo de oportunidades” e de desafios pela frente.

*Por Wilton Brito, executivo do Grupo Gertec.

Leia mais 6z23s

SEGURANÇA

Nubank limita transações fora de casa 5q506u

Há 964 dias
TALÕES

Quem ainda a cheques? 4l4h1d

Há 968 dias
ÓLEO

Abastece Aí vaza chaves Pix 3p654e

Há 989 dias
BUGADA

Aplicativos de bancos dão pau 5c6u5i

LUGARES

Mais contas são abertas no celular que na agência 73j2i

CÓDIGO

Papito entra para PagueVeloz 705yv