
China quer sistema próprio que rivalize com Windows e Android. Foto: Pix4Pix/Shutterstock.com
A China pode ter um novo sistema operacional próprio em outubro para rivalizar com os importados de marcas como Microsoft, Google e Apple. A tecnologia de computadores tornou-se uma área de tensão entre a China e os Estados Unidos após uma série de desentendimentos sobre segurança cibernética.
O país asiático está, agora, procurando ajudar sua indústria nacional a alcançar os sistemas Windows e Android.
O sistema operacional chinês aparecerá primeiro em dispositivos de desktop e depois será estendido para smartphones e outros dispositivos móveis, disse a agência de notícias Xinhua, segundo a Reuters.
Ni Guangnan, que lidera uma aliança oficial do desenvolvimento OS fundada em março, disse que o lançamento do sistema operacional para desktops deve acontecer em outubro.
Ele disse esperar que o software construído internamente seja capaz de substituir os sistemas operacionais de desktop dentro de um a dois anos e sistemas operacionais móveis dentro de três a cinco anos.
Em maio, a China proibiu o uso do Windows 8 no governo, um duro golpe para os negócios da empresa de tecnologia.
Em março do ano ado, a China disse que o Google tinha muito controle sobre a indústria de smartphones da China, através do seu sistema operacional móvel Android.
Suspeitas mútuas entre a China e os Estados Unidos sobre pirataria aumentaram ao longo do ano ado na sequência da revelação de Edward Snowden de que a inteligência dos EUA havia plantado instrumentos de vigilância "backdoor" em hardware feito nos EUA.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, por sua vez, indiciou cinco policiais militares chineses em maio por acusações de extensa espionagem industrial.
O Brasil também já teve ideias para seguir esse caminho. Em setembro do ano ado, uma entrevista de Edward Snowden ao Fantástico revelar que a presidente Dilma Rousseff teve seus e-mails monitorados por espiões americanos, Brasília ou por um surto de ação e reuniões que deveriam resultar em um concorrente brasileiro para serviços sujeitos à jurisdição americana, como Hotmail e o Gmail.
O prazo para entrega era o fim do primeiro semestre de 2014, segundo disseram na época os Correios.
A reportagem do Baguete procurou as partes envolvidas na semana ada e a conclusão, ao que tudo indica, é que projeto de lançar um serviço de e-mail subsidiado pelo governo para a população foi abandonado.
O Ministério das Comunicações disse que não se manifestaria sobre o assunto “tendo em vista que o projeto está sendo desenvolvido pelos Correios e parceiros”.
O Serpro diz que o “projeto é dos Correios" e que a estatal de processamento de dados "ainda não foi convidado para se juntar a ele", motivo pelo qual a empresa "não tem informações para ar".
Os Correios disseram que o Mensageria Digital está “sendo desenvolvido” no âmbito da parceria com a Valid, anunciada no final do ano ado e cuja formalização ainda não está concluída.
“Ainda não há previsão para início do funcionamento do serviço”, afirmaram os Correios em nota.