CIO e fornecedor devem andar de mãos dadas e4uz

Pesquisa realizada pelo grupo Gartner com 54 CIOs de grandes empresas no Brasil aponta que a desconfiança é um dos principais motivos para a não adoção ou a revisão de contratos de outsourcing. Os dados, referentes a entrevistas realizadas no ano ado, foram apresentados na manhã dessa quarta-feira, 08, na conferência de outsourcing da Gartner em São Paulo. 63614q

08 de junho de 2011 - 12:55
Allie Young palestrou na conferência de outsourcing do Gartner

Allie Young palestrou na conferência de outsourcing do Gartner

Pesquisa realizada pelo grupo Gartner com 54 CIOs de grandes empresas no Brasil aponta que a desconfiança é um dos principais motivos para a não adoção ou a revisão de contratos de outsourcing.

Os dados, referentes a entrevistas realizadas no ano ado, foram apresentados na manhã dessa quarta-feira, 08, na conferência de outsourcing da Gartner em São Paulo.

Eles indicam o “pé atrás” como sendo o segundo principal motivo para não contratar um fornecedor, influenciando cerca de 60% dos clientes.

A desconfiança é tanta que só perde para o custo (cerca de 70%), e ganha dos temores em relação aos dados e à privacidade (pouco a baixo dos 60%), ou à perda de controle sobre a operação (40%).

“O motivo dessa desconfiança é que a relação já começa, muitas vezes, em conflito”, explica o vice-presidente de pesquisa da Gartner para América Latina, Cassio Dreyfuss.

De mãozinha dada
De acordo com o diretor, não raro a interação entre cliente e fornecedor é baseada em atribuir culpa e pagar, ou receber, pouco, posições  que, segundo Dreyfuss, são equivocadas.

“Você não pode querer que o seu fornecedor não ganhe dinheiro no seu contrato. Isso é terrível porque, se for assim, o cara que negociou com você, e com quem você talvez já esteja acostumado, vai acabar sendo demitido”, enfatizou o pesquisador.

Dreyfuss critica as “demandas desarrazoadas” dos clientes, que têm conduzido a serviços mais pobres: “a pior coisa que pode acontecer com você é o seu provedor não fazer dinheiro. Você tem que deixar o seu provedor fazer dinheiro”, enfatizou.

Além disso, ressaltou o analista, os diretores de TI têm que estar “em cima” dos contratos, investigando se o problema do fornecedor não é justamente a equipe interna.

Tudo num isso num espírito de parceria.

“O CIO tem que pegar na mão do provedor e dizer: 'vamos juntos, não importa pra onde, nós vamos juntos'. Tem que ir de mãozinha dada”, aconselha.

Quem não quiser pegar na mão, de fato, dos parceiros, pode estreitar as relações de comunicação.

De acordo com Allie Young, também pesquisadora do Gartner, e que dividiu o palco com Dreyfuss, a falta de comunicação entre clientes e fornecedores é o principal motivo para a reconsideração de contratos.

Um canal de troca de informações aberto é mais importante do que evitar atrasos, preocupar-se com a performance ou mesmo os custos, responderam os diretores de TI do Brasil.

Empatia brasileira
Segundo Dreyfuss, o brasileiro demonstra características que tendem a facilitar o relacionamento entre fornecedores e empresas. A principal delas é a empatia.

“É ser capaz de olhar no olho e entender o problema. Essa é uma característica que leva a um tipo de talento para consultoria e flexibilidade no desenvolvimento. Os brasileiros estão dispostos a colaborar, é só saber fazer esse casamento”, salientou.

* Guilherme Neves cobre a VIII Conferência Anual Outsourcing do Gartner a convite do Grupo Meta, patrocinador do evento.

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