Tamanho da fonte: -A+A 2vl4s

CIOs e funcionários pensam diferente sobre a área de TI. Foto: Pixabay.
Mais de um terço (37%) dos funcionários de departamentos de tecnologia acreditam que seus chefes ficariam preocupados, ansiosos ou em pânico se soubessem o que realmente está acontecendo nas suas áreas de TI.
Outros 9% disseram "pouco impressionado", 8% "infeliz", 4% "com raiva" e 4% "enojados", o que totaliza o tipo de reações negativas em 62%.
Os dados fazem parte de uma pesquisa da Quadrant Strategies, feita para a Commvault, com uma série de revelações que mostram a existência de um gap entre a visão, as prioridades e os planos de carreira dos executivos liderando as áreas de TI e os seus funcionários.
O lado positivo das respostas conta com 32% com "confiantes", 23% com "confortável" e 17% com "inspirado". As porcentagens não fecham 100%, então o que indica que a pesquisa não perguntava por reações excludentes entre si.
Foram ouvidos 1,2 mil profissionais nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão, França e Canadá.
Apesar dos entrevistados serem de economias desenvolvidas, o tipo de situação que a pesquisa retrata provavelmente se reflita em grandes organizações de países como o Brasil.
O gap entre CIOs e as suas equipes se estende na hora de avaliar a capacidade da empresa de executar tarefas ou se proteger de ataques, com os chefes acreditando quase sempre que estão em melhores condições do que os funcionários.
O maior gap apontado pela pesquisa é na questão "migrar dados para a nuvem", com 44% dos chefes acreditando que suas empresas estão bem preparadas, contra 31% dos funcionários.
A diferença de percepção é constante ao longo de várias proposições, incluindo também "segurança contra ciberataques" (55x47), "ransomware" (36x27) e o compliance com novas regulamentações relativas a privacidade (52x44).
Curiosamente, a única das nove opções nas quais os funcionários estão mais confiantes do que seus chefes é na capacidade de responder bem a uma investigação do governo (38x41).
"Os sinais de alerta são muito claros: enquanto os departamentos de TI são destinados a liderar negócios digitais; eles não estão preparados para fazê-lo", afirma Afshin Mohamadi, sócio da Quadrant Strategies.
De acordo com Mohamadi, o pessoal de TI tem "dúvidas significativas sobre suas habilidades para serem agentes de mudança".
CIOs e funcionários também vem seu futuro de maneiras diferentes, como mostram algumas questões sobre como ambos perfis vem sua carreira em cinco anos.
Ainda que ambos estejam similarmente de acordo em que seu papel deve mudar com as novas tecnologias e é que é preciso adquirir novos skills (CIOs 60%, funcionários 54%), os executivos são mais inclinados a acreditar que vão subir na cadeia de comando (33 x 22) enquanto os funcionários que vão estar na mesma posição (30x24).
* Maurício Renner cobriu o Commvault Go! em Washington a convite da Commvault.