Cisco: juiz decreta prisões temporárias 34395g

O juiz federal Alexandre Cassetari, da 4ª Vara Federal Criminal, determinou nos dias 27 de setembro e 03 de outubro o cumprimento de 41 pedidos de prisão temporária de envolvidos na chamada “Operação Persona”. Na época, a lista citava nomes de altos executivos da Cisco do Brasil, detidos nesta terça-feira, 16, em uma operação da Polícia Federal em conjunto com a Receita, contra a sonegação de impostos. 3r2of

17 de outubro de 2007 - 14:42

O juiz federal Alexandre Cassetari, da 4ª Vara Federal Criminal, determinou nos dias 27 de setembro e 03 de outubro o cumprimento de 41 pedidos de prisão temporária de envolvidos na chamada “Operação Persona”. Na época, a lista citava nomes de altos executivos da Cisco do Brasil, detidos nesta terça-feira, 16, em uma operação da Polícia Federal em conjunto com a Receita, contra a sonegação de impostos.

As suspeitas dão conta, ainda, de falsificação de documentos, subfaturamento de preços das mercadorias importadas, uso de empresas fantasmas ou laranjas para simulação de operações comerciais e ocultação dos reais importadores ou exportadores. Corrupção de fiscais da Receita que, em tese, teriam facilitado os crimes, também é investigada.

O grau de participação e poder de comando dos investigados fez com que a polícia criasse uma divisão por grupos. No primeiro nível de apuração estão os representantes legais da Cisco do Brasil e Mude, além de “mandantes” das demais empresas utilizadas nas fraudes. Para este grupo, a justiça expediu 14 mandados de prisão temporária.

Os investigados do segundo nível são es/gerentes das empresas envolvidas nas simulações comerciais e fraudes fiscais. Dentre os 13 investigados que tiveram prisões requeridas pela polícia neste grupo, 10 tiveram a prisão temporária decretada.

No terceiro nível estão colaboradores das companhias envolvidas no esquema. São oito sócios “laranjas”, 15 funcionários efetivos das empresas; quatro fiscais da Receita, três despachantes aduaneiros, uma advogada e o antigo presidente da Cisco Brasil, Carlos Roberto Carnevali. Dentre os 32 pedidos de prisão deste nível, foram decretadas prisões para seis dos 15 funcionários, os três despachantes e os quatro fiscais, além do ex-comandante da subsidiária brasileira da multinacional.

Busca e apreensão
O juiz determinou, ainda, que sejam realizadas buscas e apreensões nos endereços da Cisco do Brasil e Mude, além das demais empresas envolvidas nas simulações. Serão verificadas também as residências de alguns dos investigados, à procura de documentos ou elementos de prova para o caso.