Cliever: R$ 200 mil com 1ª printer 3D do BR 204s5d

Uma empresa de Porto Alegre será a primeira fabricante de uma impressora 3D 100% brasileira: é a Cliever, pré-incubada da Raiar, na PUC-RS. Rodrigo Krug, fundador da startup, projeta um faturamento mínimo de R$ 200 mil no primeiro ano de atividade, que deve estrear com a impressora no mercado em maio. 5b1l3l

07 de fevereiro de 2012 - 15:56

Uma empresa de Porto Alegre será a primeira fabricante de uma impressora 3D 100% brasileira: é a Cliever, pré-incubada da Raiar, na PUC-RS.

Rodrigo Krug, fundador da startup, projeta um faturamento mínimo de R$ 200 mil no primeiro ano de atividade, que deve estrear com a impressora no mercado em maio.

“A reação das pessoas tem sido ótima, e isso me leva a jogar pra cima minhas projeções”, diz o estudante de Engenharia de Controle e Automação da PUC-RS, que exibe o projeto na Campus Party Brasil 2012.

No mínimo 50 unidades deverão ser comercializadas ao longo de 2012, diz Krug, que ainda encara sozinho o desenvolvimento e a manufatura da máquina e já está formando uma equipe.

Segundo o empreendedor, que banca o negócio sem investidores até agora, o mercado alvo vai desde o público doméstico a pequenas e médias empresas.

A lista de clientes em potencial inclui fabricantes da área elétrica, como disjuntores e caixas de luz e designers em geral. Já no primeiro dia de exibição na Campus Party, os interessados começaram a aparecer.

“Eu soube ontem que ia ter uma impressora 3D e pirei”, disse Antonio Marcelo, lead and game designer da Riachuelo Games.

Desenvolvedor de jogos virtuais e de tabuleiro, Marcelo diz que mesmo os títulos que não necessitam de peças físicas podem se beneficiar de uma impressora 3D.

“Emociona muito mais ver o personagem na palma da mão, ainda mais com precisão de detalhes,e tudo isso num equipamento bem acabado, que cabe em cima da mesa”, empolga-se Marcelo.

Além de desenvolvedores de games, criadores de cases para iPhone, es para crachás e até de tênis foram sugeridos como clientes em potencial.

A máquina parece uma cafeteira, e “imprime”, camada por camada, objetos de 18 centímetros de largura por 18 centímetros de comprimento, e 12 centímetros de altura. A “tinta” é um filamento plástico de 3 milímetros que é aquecido e refinado à espessura de 0,3 milímetros.

Depois disso, os objetos são impressos em camada por camada do material aquecido. A impressão pode demorar até 30 minutos.

O equipamento trabalha com dois tipos de plásticos, o acrilonitrila-butadieno-estireno (ou ABS), usado na fabricação das peças de Lego; e o PLA, feito de matérias-primas renováveis, como milho e batata.

Os modelos são feitos a partir de arquivos no formado “.stl”, gerado em softwares mais complexos de automação, como os CADs, mas também por interfaces mais amistosas, como o Google Sketchup.

“Até uma criança pode criar um desenho e imprimir”, diz Krug.

Também chama a atenção, opina Marcelo, o preço. Hoje, uma das máquinas mais populares do gênero é da Maker Bot, uma fabricante norte-americana que vende o equipamento por US$ 2,5 mil (ou R$ 4,3 mil).

O preço é quase parelho, mas a facilidade de uso não.

“Quem compra uma de fora vai ter que calibrar a máquina, se não as impressos saem erradas, disformes. Aqui, eu mesmo já vou mandar calibrada. Além disso, a assistência técnica vai ser bem mais fácil, já que todos os fornecedores que eu vou usar são nacionais”, finaliza Krug.

Para usar a impressora é usado um software open source chamado Replicator G. Krug vai colaborar na tradução do programa gratuito para o português, bem como dos manuais.

Além da Maker Bot, estão nesse mercado a 3D Systems Corporation, Stratasys, Z Corporation e HP.

Segundo dados da consultoria IBISWorld, o mercado deve ter uma receita de US$ 1 bilhão, somente nos Estados Unidos, nos próximos cinco anos.

* Guilherme Neves cobre a Campus Party a convite da organização do evento

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