
Bob Hammer, CEO da Commvault. Foto: Divulgação.
A Commvault, multinacional do segmento de proteção e recuperação de dados, agora aposta na simplificação do gerenciamento de dados como chave das melhores práticas para a segurança da informação.
A empresa norte-americana estabeleceu uma tônica diferente para seu discurso durante o Go 2018, evento anual da organização. Em linha com o que já tinha apresentado na edição do 2017 do evento, quando se colocou como um player no mercado de gestão de dados e não apenas de segurança, agora a bandeira da Commvault é de tornar mais fácil o trabalho de proteger e assegurar fluxos cada vez maiores de informação.
Um dos principais anúncios da empresa durante o encontro, realizado em Nashville, foi o lançamento do Commvault Command Center, plataforma com a proposta de integrar e centralizar operações de monitoramento e gestão de dados. Prevista para ser lançada em dezembro (inclusive no Brasil), a solução promete um nível diferenciado de usabilidade e visualização, com recursos de analytics, monitoramento, dashboards e orquestração. Em suma, ele centralizará as soluções Commvault Complete Backup & Recovery, Commvault Orchestrate, Commvault HyperScale (appliances on-premise de backup) and Commvault Activate (analytics).
De acordo com Bob Hammer, CEO da Commvault, produtos como o Command Center chegam para mudar o relacionamento dos profissionais de segurança da informação com seus sistemas, entendendo melhor não apenas os bits e bytes, mas a importância de cada base de dados dentro da estratégia da companhia.
Segundo Hammer, hoje os clientes esperam mais de suas soluções de gerenciamento e proteção de dados, o que exige uma abordagem muito além da eficiência operacional.
"Estamos mudando o foco para o negócio e os resultados operacionais, combinando tecnologias de ponta como inteligência artificial, machine learning e capacidades poderosas de gestão de dados, ao longo de todas as instâncias onde as informações são armazenadas e usadas, em uma experiência simplificada", destacou Hammer.
Hammer também frisou que a abertura para tais inovações dão à Commvault uma base de ferramentas diferenciadas para facilitar a extração e tratamento dos dados, em qualquer formato, movendo-os de arquiteturas locais para a nuvem ou entre nuvens múltiplas, de forma simples.
"Estas tecnologias nos permitem conhecer a fundo todos os atributos dos dados para movimentá-los da forma mais inteligente", explicou Hammer.
No keynote de abertura do Commvault Go 2018, o Chefe de Operações (COO) da companhia, Al Bunte, apontou que a simplificação também resulta em efeitos diretos sobre os serviços pelos quais a Commvault é mais conhecida. Em vez de ter times e diversos appliances dedicados para a segurança dos dados, hoje os clientes precisam de ferramentas mais autônomas, que entreguem níveis de serviço satisfatório tanto no hardware, quanto no software ou até mesmo na nuvem.
"Estamos falando de soluções capazes de se autoajustar, autocorrigir e auto-otimizar de acordo com as movimentações da empresa", destacou Bunte, que mostrou o exemplo de um log de um banco de dados, que pode ter milhões de registros em apenas um dia. Para o olho humano, acompanhar tudo isso é impossível, mas uma solução inteligente pode reconhecer e apontar as anomalias que merecem atenção.
A abordagem de ser um player de gestão de dados vai bem além da fama que acompanha a Commvault ao longo de sua história. Surgida dentro da gigante de telecomunicações americana AT&T no final dos anos 90, a Commvault se estabeleceu como um player estritamente de backup e recuperação de dados. Entretanto, ser um player de nicho não se aplica mais para a companhia norte-americana.
Essa preocupação também se reflete no mercado, onde ela concorre com nomes fortes que também apostam em propostas mais abrangentes quando se trata de segurança da informação. Ela figura como líder no Quadrante Mágico do Gartner, mas é acompanhada de perto por nomes como IBM, Veeam e EMC, empresas inclusive de porte maior que a Commvault, que fechou o ano fiscal 2018 com uma receita de US$ 699 milhões, crescimento de aproximadamente 7,5% sobre o período anterior.
*Leandro Souza cobre o Go 2018 como enviado especial do Baguete a convite da Commvault