CAMINHOS

Como fazer transformação digital? 6e644d

Muitos se fala da necessidade de inovar, mas é preciso ter diversos fatores em conta na hora de por isso em prática. 3y5p1v

15 de outubro de 2020 - 12:09
Fernando Pajares, executivo da área de TI. Foto: divulgação.

Fernando Pajares, executivo da área de TI. Foto: divulgação.

Cada escolha uma renúncia, diz o ditado popular. Dilema difícil em nossas escolhas pessoais e profissionais com consequências incertas no âmbito empresarial. Ainda mais difícil quando a inovação e a transformação digital estão batendo nas nossas portas, às vezes, de forma organizada, outras vezes, confusas e apressadas.

Para as empresas líderes é importante estar sempre em primeiro lugar e para isso, precisam ser líderes em inovação, seja dentro do seu nicho ou do seu ramo, seja no mercado nacional ou global.

Ser líder em inovação significa desbravar caminhos incertos apostando em novas ideias e assumindo diversos riscos, pois o mapa para estes desbravamentos a por adquirir tecnologias, algumas vezes integrar ou viabilizar novos usos de tecnologias existentes e outras vezes, a criar novas.

E neste cenário, Clayton Christensen (O Dilema da Inovação – Harvard Business Review, 1995) já nós alertava que todas as empresas, cedo ou tarde, caem na armadilha de rebaixar a inovação a segundo plano ao se dedicarem demasiadamente à melhoria contínua dos seus produtos/serviços líderes (de forma a aumentar a lucratividade) e não ficarem atentas às mudanças disruptivas no mercado que tornam seus produtos/serviços obsoletos.

O mundo empresarial possui vários exemplos, tais como:  Kodak vs. Sony (câmera digital), BackBerry vs. Apple/iphone(celulares), dentre outros.

Nos últimos tempos, apareceu fortemente o termo “Transformação Digital”, sendo muito utilizado para descrever o uso intensivo de tecnologias digitais (p.ex.: Internet, ChatBot, Cloud) e criando novos modelos de negócios ou mudando os atuais, disponibilizando experiências únicas de relacionamento e de consumo com seus clientes, com inovação, ou não, no produto, serviço e/ou processo. 

Os responsáveis pelas implementações, nestes momentos, se deparam com a difícil tarefa de garantir a coexistência num mesmo ambiente da tecnologia atual - que mantém as atividades da empresa – com as inovações, muitas vezes disruptivas, mantendo a sinergia e harmonia entre elas.

Para que se tenha um entendimento melhor da dificuldade de disponibilizar isto de maneira transparente ao cliente, é importante saber que as tecnologias digitais não somente envolvem o uso intensivo do ferramental no Front End do cliente (p.ex.: smartphone), mas também no Middle (p.ex.: microserviços e web services) e Back Office (composto pelos sistemas legados) das empresas.

Estes três componentes sozinhos possuem uma elevada complexidade e os equívocos de integração entre eles e as inovações são por muitas vezes, os responsáveis pelos resultados abaixo do esperado.

A este trio, junta-se um quarto elemento elevando mais a complexidade, a exploração da informação - que permite novas abordagens de relacionamento (i.e.: AI, Machine Learning, Big Data e CRM) ofertando novos produtos/serviços e induzindo o consumo dos clientes, além da sua fidelização.

Percebe-se que o processo de Inovação e Transformação Digital é muito amplo e complexo e depende de vários fatores, tais como: objetivos de longo prazo, estratégias, orçamento, processos, entre outros.

Assim, tenho duas recomendações, dentro das muitas que acredito que devam ser implementadas, mas que precisam ser assertivas logo no início das ações de transformação para otimizar as chances de sucesso.

A primeira é ter pessoas que tenham a capacidade de liderar uma transformação digital com pensamento criador, que assumam riscos, e que principalmente sigam uma estratégia de inovação digital consciente, coerente e comprometida com os objetivos internos e externos da empresa, em vez de se deixar levar por uma decisão isolada e tomada sob pressão.

Neste contexto, equipes formadas por jovens com muita energia, ideias e conhecimento técnico ao lado de profissionais maduros com ampla experiência para lidar com as expectativas e pressões é uma ótima prática a ser realizada.

A segunda recomendação é que a estratégia digital não precisa e, talvez, não deva ser homogênea para toda a empresa. Poder optar por uma postura de inovação digital híbrida procurando pioneirismo naquilo que a diferencia de seus concorrentes e/ou mercados sendo um seguidor rápido daqueles que são líderes nos demais quesitos.

Como exemplo de casos de líderes vs seguidores, tem-se:  PayPal vs Piay e Amazon.com vs MagazineLuiza.com. 

Afinal de contas, seguir rapidamente o lider inovador é a garantia de estar entre os primeiros e talvez assim, junto com ele, definir o ritmo das inovações disruptivas trilhando, por que não, o seu próprio caminho.

*Por Fernando Pajares, executivo da área de TI.

Leia mais 6z23s

CARGOS

AeC cria VP de transformação digital f5t52

Há 1737 dias
TRANSFORMAÇÃO

A Indústria calçadista precisa de transformação digital 616v2n

Há 1866 dias
RESPOSTAS

SISPRO é parceira no Ideathon Covid-19 5y5i4b

Há 1873 dias
COVID-19

Empresas de TI mostram que tem espetos de pau 701e4r

CARREIRA

PUCRS Online: novas possibilidades de pós-graduações em tecnologia e negócios 4q3n5y

CONTRATAÇÃO

Tivit tem novo diretor de transformação digital e inovação 6m3q1w

GUIA

5 dicas para embarcar na jornada da transformação digital 473o3v

INOVAÇÃO

Fapesc destina R$ 3,4 milhões a novas incubadoras 4r2r2u

LABS

Tivit investe R$ 20 milhões em hub de inovação 6j515d

ECOSSISTEMA

Nestlé inaugura centro de inovação e tecnologia 6x252e