
O último aeroporto a ar pelos testes foi o Santos Dumont, localizado no Rio de Janeiro. Foto: divulgação
Nesta sexta-feira, 28, o Governo Federal inicia no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, os testes de embarque por meio de reconhecimento facial, que dispensa a apresentação do cartão de embarque e de documentos de identificação do ageiro.
O projeto, conhecido como Embarque +Seguro, foi idealizado pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra) e desenvolvido pelo Serpro, empresa de tecnologia do Governo Federal.
Para os testes, ageiros voluntários da Azul Linhas Aéreas serão convidados a experimentar a tecnologia.
No momento do check-in no aeroporto, o ageiro recebe uma mensagem, no celular, solicitando autorização para o registro de uma foto. Com o consentimento, o atendente da companhia aérea realiza a validação biométrica do ageiro, comparando os dados e a foto, tirada na hora, com as bases governamentais.
A partir da validação, o ageiro fica liberado para ingressar na sala de embarque e na aeronave ando pelos pontos de controle biométricos, que fazem a identificação por meio de câmeras, sem a necessidade de apresentar documento e cartão de embarque.
“Estamos sempre em busca de trazer soluções modernas e inovadoras que tragam mais eficiência e segurança para as nossas operações, sobretudo em tempos de pandemia do coronavírus. É uma satisfação participar desse projeto-piloto e torcemos para que o embarque totalmente digital seja uma realidade no país”, afirma Kleber Meira, CEO da BH Airport.
Localizado em Confins, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte com cerca de 6,8 mil habitantes, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte é o principal do estado de Minas Gerais e o quinto mais movimentado do Brasil, recebendo cerca de 22 milhões de ageiros por ano em uma área de 132 mil m².
O aeroporto é o quarto do país a testar a solução. O primeiro foi o Aeroporto Internacional de Florianópolis, que começou o projeto em outubro de 2020, e o segundo foi o Aeroporto de Salvador, que iniciou os testes em dezembro. Em março deste ano, foi a vez do Aeroporto Santos Dumont, localizado no Rio de Janeiro.
Na capital catarinense, os testes são com ageiros da Latam e a verificação da identificação biométrica começou a ser feita por checagem junto ao banco de dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
No aeroporto baiano, os ageiros voluntários são da GOL e o banco de dados foi ampliado, contando também com a base do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No SDU, os testes são com ageiros da companhia aérea Azul.
A tecnologia de reconhecimento facial para a identificação do ageiro e embarque automático nos portões eletrônicos já era oferecida no mercado. O que não existia era um sistema nacional unificado que possibilitasse checar e validar a identidade do ageiro.
Com a solução, as autoridades de segurança poderão utilizar inteligência na avaliação de risco antecipada dos viajantes por meio do Sistema Brasileiro de Informações de ageiros (Sisbraip).
Segundo o MInfra, a ideia é que a responsabilidade pela checagem das informações dos ageiros na hora do embarque e a ser das autoridades públicas brasileiras e não mais do funcionário da companhia aérea.
Após a aprovação do projeto-piloto, o Governo Federal deve avançar com as ações para implantação efetiva da tecnologia nos principais aeroportos do país.